Casal que matou e ocultou corpo da própria filha recém-nascida escondia gravidez da família; veja detalhes do caso

O casal que matou e ocultou o corpo da própria filha recém-nascida em Sério, cidade do Vale do Taquari, não havia contado aos familiares sobre a gravidez. Os jovens, de 19 e 20 anos, estavam juntos há cerca de um ano e moravam na mesma casa — onde foram presos nesta segunda-feira (20).

Segundo o delegado Humberto Messa, os parentes até chegaram a desconfiar, mas quando questionavam a mulher sobre o assunto, ela respondia de forma evasiva. O fato de terem escondido a gestação fez com que a investigação quase não contasse com o depoimento de testemunhas, e precisou se fundamentar sobre as provas técnicas.

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A Polícia Civil chegou até o caso após ser acionada pelo Hospital Divina Providência, em Estrela, para onde a mulher foi levada por precisar de atendimento médico na manhã seguinte ao dia do parto, ocorrido em 13 de setembro do ano passado. Inicialmente, a suspeita era de que ela teria abortado a bebê.

Contudo, conforme o andamento das apurações, a hipótese foi descartada. Com isso, a mãe passou por um exame pericial, no qual a psiquiatria forense do Instituto-Geral de Perícias (IGP) alegou que o crime não foi cometido sob a influência do estado puerperal — o que caracterizaria um infanticídio, crime mais brando do que um homicídio.

A suspeita teria cortado o pescoço da criança com uma faca de serra logo após dar à luz no banheiro de casa. A motivação teria sido o medo da suspeita de ser abandonada pelo companheiro, já que ele não queria a bebê e exigia o aborto desde a confirmação da gravidez. Segundo a Polícia, ele também apontava não querer criar a criança.

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O cadáver foi encontrado após o próprio pai indicar o local onde o havia deixado. Um dia após o assassinato, o homem colocou o corpo da bebê em um saco, foi até o aterro sanitário da cidade, ateou fogo e depois o dispensou em uma área de mata.

À Polícia, a mulher disse não lembrar de ter matado a filha. Já o homem não quis dar a própria versão, apesar da prova da morte da criança.

O casal foi preso pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. Eles foram levados para os presídios Feminino e Masculino de Lajeado.