Pacientes do Hospital Municipal são realocados após incêndio causado em quarto do Anexo I

O incêndio que atingiu o Hospital Municipal de Novo Hamburgo, na tarde desta segunda-feira (20), impactou o atendimento do Anexo I da unidade. Por conta do incidente, os pacientes foram realocados em outras áreas do hospital. Além disso, as cirurgias eletivas foram canceladas, mas não haverá prejuízo para os pacientes. As visitas de familiares também estão suspensas até segunda ordem.

Fogo atingiu ala águia do Hospital Municipal de Novo Hamburgo | abc+



Fogo atingiu ala águia do Hospital Municipal de Novo Hamburgo

Foto: Laura Rolim/GES-Especial

Segundo o presidente da Fundação de Saúde de Novo Hamburgo, Augusto Lengler, os pacientes da ala foram realocados de forma temporária em locais possíveis dentro da unidade. “Estamos averiguando a quantidade de pacientes fora de leito e também o tipo de pacientes que vamos precisar adequar em outros locais”, afirma.

A área atingida pelas chamas ficará fechada por tempo indeterminado e não há previsão de quando o local passará por reformas. Conforme Lengler, o objetivo é transferir cerca de 20 pacientes para outros hospitais da região. “A gente espera que nessas próximas 24 horas as coisas estejam um pouco mais organizadas”, estima Lengler.

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Além disso, alguns pacientes que estavam na Ala Águia, atingida pelo incêndio, inalaram fumaça e também estão recebendo atendimento por parte dos profissionais do Hospital Municipal. Nenhuma pessoa chegou a se ferir pelas chamas. Somente um funcionário machucou o braço ao tentar quebrar um dos vidros da sala incendiada para que a fumaça se espalhasse.

Como aconteceu o incêndio

As chamas tiveram início após um paciente psiquiátrico atear fogo em um colchão do quarto de uma das salas da área águia, onde ele estava alocado. “Num primeiro momento, o que se tem de informação é que ele teria conseguido um isqueiro e teria causado o incêndio. Como esses colchões são de espuma, fez muita fumaça, e acabou tomando uma proporção muito grande”, explica Lengler.

Apesar do incidente, o presidente afirma que as equipes foram ágeis e conseguiram entrar no quarto e retirar o homem, que estaria em surto. “Era um paciente extremamente grave. Ele estava no quarto onde é considerado o mais grave dentro do hospital, com maior índice de doença psiquiátrica. Infelizmente, agora teremos que dar uma revisada para saber o que aconteceu. Não é uma coisa incomum, pois eles têm distúrbio de percepção”, ressalta Lengler.

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Após a ocorrência, o homem foi levado para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

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