Anac analisa pedido de empresa para testar drone chinês com piloto automático para entregas no Rio


De acordo com a agência, se concedida, a autorização para operação seria para uso experimental do veículo sem transportar pessoas ou operação comercial. eVTOL da EHang em demonstração
Divulgação/EHang
Uma empresa busca aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para testar um drone, voltado para entregas e com piloto automático, no Rio de Janeiro. A agência ainda analisa o pedido.
De acordo com a Anac, se concedida, a operação experimental não vai permitir transportar pessoas, voar sobre áreas povoadas, nem a exploração comercial do veículo. Neste caso, ela é emitida para testes e demonstrações.
O modelo usado seria o EH216-S, o eVTOL (sigla em inglês para “veículo elétrico de pouso e decolagem vertical”) da EHang, empresa chinesa, cujo voo experimental aqui no Rio será operado pela Micaelis. O pedido de autorizações de voos experimentais também foi realizado por outras empresas à Anac.
O projeto com o drone foi um dos 6 projetos de inovação tecnológica selecionados pelo Sandbox.Rio, uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação da Prefeitura do Rio. Outro projeto aprovado pela iniciativa foram os patinetes elétricos que iniciaram as operações na cidade no último sábado (22).
“Cabe esclarecer que existe uma diferença entre pedido de autorização para voo experimental e pedido para validação, que é a certificação de tipo. Nesses casos, a Agência emite um certificado de autorização de voo experimental, o que pode gerar alguma confusão de nomenclatura. Então, para esta aeronave há um pedido de autorização de voo experimental, mas não há no momento processo de certificação de tipo em andamento para este equipamento”, explicou a Anac em nota ao g1.
Inovações disruptivas
SandBox.Rio é um programa experimental regulatório que tem como objetivo atrair inovações e diminuir as barreiras para elas.
“Alguns serviços voltados para a inovação que entraram na cidade do Rio tiveram dificuldades porque eram coisas diferentes, disruptivas. Então, não tinham uma regulação ou legislação. O programa convoca empresas para inscreverem seus projetos para participar. ”, comenta Chicão Bulhões, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico.
De acordo com o secretário, os projetos precisam cumprir uma série de critérios para serem selecionados.

“Os projetos são submetidos a uma avaliação técnica que verifica critérios como: grau de inovação; maturidade do empreendimento; impacto da tecnologia no Município e à coletividade; imprescindibilidade do SandBox para o desenvolvimento da solução; riscos do projeto e planejamento para mitigação; capacidade técnica da equipe; e sustentabilidade financeira do projeto. Inovação é boa quando feita com segurança para as empresas e para a população. O SandBox permite esse ambiente de teste controlado”, diz Chico.
Vincent Kieffer, CEO da Micaelis, empresa responsável pela operação do drone, diz que o Rio é uma cidade que tem uma vantagem na mobilidade aérea: o vasto litoral que permitiria o transporte de mercadorias.
“O Rio tem essa particularidade que é o litoral. Isso vai permitir utilizá-lo, por exemplo, do Recreio dos Bandeirantes até o Aeroporto Santos Dumont, ou do Santos Dumont até o Galeão. O objetivo é tornar o Rio de Janeiro a capital mobilidade aérea da América Latina”, diz.
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