O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul realizou nesta segunda-feira (5) uma audiência sobre o caso da mãe acusada de matar a filha de 7 anos, Anna Pilar Cabrera, no Edifício da Galeria Central, em Novo Hamburgo. O crime aconteceu no dia 9 de agosto de 2024.
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Foto: Reprodução
Nesta audiência 15 testemunhas foram ouvidas. Contudo, a ré Kauana Nascimento, não compareceu ao interrogatório. De acordo com o TJ, esse ato encerrou a fase de instrução do processo. Agora, será aberto o prazo para memoriais, que são alegações finais para a acusação e a defesa. Depois, o processo irá para análise do magistrado que decidirá que a acusada irá ou não a júri popular.
A denúcia contra a mulher de 31 anos foi recebida pelo juiz Flávio Curvello Martins de Souza, da Vara do Júri da Comarca de Novo Hamburgo, em 4 de setembro do ano passado. Atualmente, Kauana está presa na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.
Relembre o caso
Após ouvirem gritos no fim da tarde da sexta-feira do dia 9 de agosto, vizinhosse depararam com a menina jámorta na escadaria do Edifício Galeria Central, que fica entre as ruas Joaquim Nabuco e Lima e Silva. A mãe estava no chão ensanguentado e parecia desesperada, conforme os relatos.
Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial
A suspeita chegou a dizer aos vizinhos que a menina teria caído das escadas. Porém, os socorristas constataram que a criança tinha perfurações profundas, principalmente no tórax e abdômen.A possível faca do crime foi apreendida sobre a cama do apartamento onde moravam.
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Segundo a Polícia Civil, o depoimentode Kauanafoi rápido. Ela insultou policiais e ao ser questionada sobre o fato, ficou em silêncio.
A mulher e o pai da criança já estavam separados, mas, vizinhos ressaltaram que ele visitava a filha com frequência. Técnico em informática, o argentino Andrès Cabrera, 42, foi avisado sobre o fato e chegou ao local inconsolável. O corpo de Anna foi sepultado no Dia dos Pais.
O Ministério Público ofereceu a denúncia contra Kauana no dia 4 de setembro. No mesmo dia, a Justiça aceitou a denúncia e ela se tornou ré. A denúncia foi aceita pelo juiz Flávio Curvello Martins de Souza, da Vara do Júri da Comarca de Novo Hamburgo.
Foto: Silvio Milani/GES-Especial
Presa em flagrante após ter sido encontrada com a menina já sem vida na escadaria do residencial no dia 9 de agosto, a mulher foi levada, sob custódia, ao Hospital Municipal. Ela foi transferida para o Hospital de Charqueadas, na Região Carbonífera, no dia 16 de agosto. A acusada estava sob custódia da Susepe e recebeu alta no dia 1º, quando foi levada para a Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.
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Quando encontrada com a filha nos braços, a mulher tinha uma lesão de faca, no meio do peito. A suspeita é que ela tenhase ferido após matar a filha. Apesar do ferimento, seu estado de saúde era estável desde o momento em que foi internada. Conforme a Fundação de Saúde de Novo Hamburgo (FSNH), a transferência de hospital ocorreu “por recomendação psiquiátrica”.
A Justiça chegou suspender o processo contra Kauana, que é ré pelo assasinato da filha. Segundo denúncia do Ministério Público do Estado (MPRS), a mãe matou amenina a facadas por acreditar que o ex-companheiro estaria em um novo relacionamento amoroso. Assim, se entendeu que o crime foi motivado por ciúmes.