Foi condenado a 30 anos de prisão Anderson Adriano Rodrigues da Silva, 33 anos, por matar a própria mãe, Silvia Regina Coelho de Brito, em 2022, em Estância Velha. Os jurados atenderam integralmente a tese da acusação, anunciada no fim da tarde desta quinta-feira (27) em júri realizado na Câmara de Vereadores da cidade, mas sem a presença do réu, que decidiu não participar do próprio julgamento.
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Foto: Arquivo pessoal
O promotor Bruno Amorim Carpes, que atuou na acusação, lamentou que, em sua percepção, a lei brasileira seja tão branda para situações como essa. “O Ministério Público só não sai tão satisfeito em razão do tempo máximo que a lei permite, que é 30 [anos], o que foi atendido pelo magistrado, um pedido que eu fiz, em plenário, para que fosse aplicada pena máxima caso os jurados assim entendessem. Ou seja, conforme todas as qualificadoras expostas na denúncia”, explica o promotor.
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Para ele, em casos como o julgado nesta quinta, a lei deveria ser mais rígida. “Em outros países, nós teríamos uma prisão perpétua nesse caso. Minha insatisfação não é pelo trabalho de hoje, mas pela insuficiência da lei penal brasileira para casos tão específicos, com tamanha gravidade, crueldade e traços de psicopatia de um filho que mata a mãe”, explica o promotor.
Em entrevista à reportagem durante o intervalo do julgamento, o arquiteto Carlos Rogério Weber, 57, companheiro de Silvia, disse que “não existe justiça, porque a Silvia não volta mais”. Apesar da fala, ele se emocionou após o anúncio da sentença de Anderson.
Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial