Data centers podem passar a usar um terço de toda a energia da Irlanda até 2026

Estimativas da Agência Internacional de Energia (IEA) apontam que a data centers podem passar a consumir um terço de toda a energia da Irlanda até 2026. Segundo os dados, até 32% da eletricidade do país será usada para servidores se a tendência de crescimento continuar como está.

O pequeno país europeu tem se tornado um polo atrativo para a indústria da tecnologia. A Intel, por exemplo, tem algumas de suas instalações mais avançadas na Irlanda. Desse modo, o consumo de energia de data centers na região já atingiu números alarmantes em 2023.

Segundo dados do Escritório Central de Estatísticas (CSO) irlandês, no ano passado a eletricidade exigida para a operação de data centers aumentou 20% em relação a 2022. O total de consumo alcançou 21% da capacidade total de fornecimento nacional.

Gráfico da evolução de consumo de energia por data centers na Irlanda.
Fonte: CSO (Irlanda)

Enquanto isso, o consumo de energia para residências urbanas e rurais foi de 18% e 10% da capacidade, respectivamente.

Em números absolutos, o órgão governamental aponta que o uso de energia por data centers foi de 290GWh (gigawatt-hora) em 2015 para impressionantes 1.661GHw em 2023. Isso representa um aumento de 473% em apenas oito anos.

IA impulsiona demanda por energia

A Irlanda, que é menor do que a maioria dos estados brasileiros, atualmente comporta 82 data centers. Enquanto isso, outros 14 já estão em construção e há planos para ouros 40 nos próximos anos, segundo o TechSpot. Com o advento da IA generativa, esse número só tende a crescer – bem como o consumo de energia.

Especialistas apontam que a necessidade elétrica de data centers voltados para IA pode dobrar até 2030. Piorando a situação, não é apenas o gasto de energia que preocupa em relação aos servidores, mas também o espaço físico que ocupam.

Com a produção de dados da humanidade crescendo exponencialmente, a necessidade de data centers acompanha o ritmo. É bem provável que soluções totalmente novas sejam necessárias para contornar o problema. O curioso é que pesquisas apostando na biologia têm proposto alternativas, tanto para o gasto de energia como para o espaço ocupado.

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