Uma ação rápida da Polícia Civil culminou na prisão em flagrante de dois empresários, na manhã desta segunda-feira (24), responsabilizados pela receptação de cabos de energia furtados, em Canoas.
Foto: POLÍCIA CIVIL/REPRODUÇÃO
O crime aconteceu na madrugada deste domingo (23), segundo o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), quando uma subestação de energia foi invadida por criminosos.
Os bandidos saíram do local após subtraírem 15 quilos de cabos de cobre. O material levado era usado como aterramento de segurança da subestação e, por isso, considerado imprescindível pela concessionária CPFL.
“Tomamos conhecimento do caso e, ainda na manhã de domingo, começamos a apurar o crime”, explica o delegado Gabriel Casanova, da Delegacia de Roubos. “Houve uma série de diligências na tentativa de achar o material levado”.
Conforme o delegado, a Polícia Civil entende que os criminosos levariam o material subtraído da subestação para vender em estabelecimentos próximos, que compram cobre sem se preocupar com a procedência.
Parte dos cabeamentos acaram achados em dois estabelecimentos próximos à área da subestação, o que incidiu nas prisões dos dois proprietários pelo crime de receptação do material.
“São de dois proprietários de ferro-velho”, aponta. “Um dos estabelecimentos inclusive agia de modo informal, comprando e vendendo sucata e material de reciclagem em geral”.
A investigação prossegue, avisa Casanova. Isso porque a Polícia Civil quer identificar e prender o responsável pelo furto. Na avaliação do delegado, trata-se de um técnico com experiência no setor elétrico.
“Foram usados equipamentos, como luvas com revestimento reforçado de isolação e alicantes especiais”, esclarece. “A pessoa que cometeu o crime tem conhecimento técnico e está se valendo disso para subtrair o material”.
Coibindo os crimes
Considerado um câncer por concessionárias de energia e comunicações, o crime de furto de fios e cabos de cobre vem sendo coibidos por meio de ações pontuais executadas pelas polícias, em Canoas.
A maior destas ações aconteceu em 2021, quando a Operação Deu Curto foi organizada. A ação integrada entre Polícia Civil e Brigada Militar garantiu a apreensão de 5 toneladas de material, além da prisão de uma dúzia de empresários que compram os materiais e, desse modo, fomentam os crimes.