O lado sombrio dos ultraprocessados: um atalho para uma vida mais curta

Comer este tipo de alimento pode causar AVC; entenda o motivo para você evitar e ter uma vida mais longa – iSTock/monticelllo

Imagine perder mais de 10% da sua expectativa de vida apenas pelo que coloca no prato. Essa é a dura realidade apontada por um estudo de longo prazo, que analisou os hábitos alimentares de mais de meio milhão de pessoas ao longo de três décadas. O consumo excessivo de ultraprocessados pode ser um bilhete sem volta para uma despedida precoce.

Os homens são os mais afetados, enfrentando um aumento de 15% no risco de mortalidade, enquanto as mulheres não ficam muito atrás, com um acréscimo de 14%, segundo Erikka Loftfield, do National Cancer Institute, pesquisadora responsável pelo estudo.

Os maiores vilões do seu prato

Se há algo que pode roubar anos preciosos de vida, são os ultraprocessados – e alguns se destacam como os piores inimigos da longevidade.

No topo da lista estão as bebidas industrializadas, especialmente refrigerantes (tanto os açucarados quanto os dietéticos). Logo atrás, vêm as carnes processadas, como bacon, linguiça, salsicha, salame e presunto. “Esses grupos alimentares apresentaram a associação mais forte com o aumento da mortalidade”, alerta Loftfield.

E o cenário está longe de melhorar: desde os anos 1990, a produção de ultraprocessados explodiu, e hoje cerca de 60% das calorias ingeridas diariamente por um americano médio vêm desses produtos. Se o impacto já é assustador com base nos dados da pesquisa, a realidade atual pode ser ainda pior.

Por que os ultraprocessados são tão prejudiciais?

A resposta está nos rótulos. Esses alimentos são verdadeiras fórmulas químicas, recheadas de conservantes, emulsificantes, corantes artificiais, açúcares e gorduras modificadas – ingredientes que dificilmente fariam parte de uma cozinha caseira. Eles garantem sabor e durabilidade, mas ao custo da sua saúde.

A pesquisa revelou que o consumo excessivo desses produtos está diretamente ligado a um maior risco de morte por doenças cardíacas e diabetes. Curiosamente, não foi encontrada uma relação direta com o câncer, mas isso não significa que estejam isentos de impactos negativos a longo prazo.

Como virar o jogo?

A boa notícia é que você pode reescrever sua história com pequenas mudanças. Reduzir o consumo de ultraprocessados e priorizar alimentos naturais e minimamente processados pode ser a chave para uma vida mais longa e saudável. Trocar os industrializados por ingredientes frescos, evitar o excesso de sódio e açúcares adicionados e investir em uma dieta equilibrada são passos simples, mas poderosos.

A decisão está no seu prato – e pode valer anos a mais de vida.

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