Pesquisa aponta os sintomas ligados ao câncer de pâncreas

Pesquisadores da Universidade de Oxford realizaram um estudo aprofundado sobre os sintomas associados ao câncer de pâncreas, uma doença notoriamente agressiva e de difícil diagnóstico precoce. A pesquisa revelou que os sinais da doença podem aparecer até um ano antes do diagnóstico, com alguns casos manifestando sintomas em um período de três meses antes da confirmação.

Pesquisa aponta os sintomas ligados ao câncer de pâncreas

Metodologia do estudo

A pesquisa analisou os dados de mais de 24.000 pacientes diagnosticados com câncer de pâncreas na Inglaterra entre 2000 e 2017. Os pesquisadores compararam os sintomas apresentados pelos pacientes em diferentes estágios da doença com os sintomas de indivíduos que não desenvolveram a condição.

Essa abordagem permitiu identificar tanto sintomas comuns quanto outros menos conhecidos, associados a dois tipos principais de câncer de pâncreas: o adenocarcinoma ductal pancreático (ADP) e os tumores neuroendócrinos pancreáticos (TNE-P).

Sintomas iniciais: quando estar atento

O câncer de pâncreas pode ser silencioso nos estágios iniciais, dificultando a detecção precoce. Contudo, alguns sintomas podem servir como um alerta para a presença da doença. Os mais comuns incluem:

  • Pele amarelada (icterícia)
  • Urina escura
  • Fadiga constante
  • Perda de apetite
  • Perda de peso inexplicável
Icterícia, urina escura e dor abdominal são sinais importantes para detectar o câncer de pâncreas precocemente.

Dor no abdômen superior e nas costas

Esses sinais iniciais podem ser confundidos com outras condições, mas a combinação deles deve ser um indicativo de que uma avaliação médica é necessária. Entre os sintomas mais graves, a icterícia e o sangramento no trato gastrointestinal são frequentemente associados ao adenocarcinoma ductal pancreático (ADP), que é o tipo mais comum de câncer de pâncreas. Tais sinais também apareceram em casos de TNE-P, embora de forma mais rara.

Descobertas inéditas sobre sintomas menos conhecidos

O estudo de Oxford também trouxe à tona sintomas que anteriormente eram subestimados, mas que estão diretamente relacionados ao câncer de pâncreas. Dentre eles, destacam-se:

  • Sede excessiva
  • Alterações no hábito intestinal
  • Diarreia ou constipação
  • Indigestão persistente
  • Vômitos e náuseas frequentes
  • Massa ou inchaço abdominal
  • Coceira
  • Febre recorrente

Esses sintomas podem ser atribuídos a uma série de outras condições médicas, mas quando aparecem em conjunto, merecem atenção imediata. Identificar esses sinais precocemente pode ser fundamental para o diagnóstico e o tratamento eficaz do câncer de pâncreas.

Fatores de risco: o que aumenta a probabilidade de desenvolvimento

O estudo também aponta uma série de fatores que podem aumentar o risco de desenvolver câncer de pâncreas. Entre eles estão:

  • Tabagismo
  • Obesidade
  • Diabetes mellitus
  • Pancreatite crônica não hereditária
  • Exposição a substâncias químicas, como solventes e agrotóxicos

Além disso, estima-se que entre 10% e 15% dos casos de câncer de pâncreas sejam de origem hereditária, o que reforça a necessidade de monitoramento médico para indivíduos com histórico familiar da doença.

O estudo da Universidade de Oxford mostra como identificar os primeiros sintomas do câncer de pâncreas e a importância do diagnóstico precoce.

Diagnóstico precoce e opções de tratamento

Detectar o câncer de pâncreas em estágios iniciais é crucial para aumentar as chances de sucesso no tratamento. A combinação de exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, com biópsias, é fundamental para a confirmação do diagnóstico. Quando identificado precocemente, a cirurgia oferece uma das melhores opções de cura.

Nos casos mais avançados, o tratamento pode envolver quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, dependendo das necessidades específicas de cada paciente. O acompanhamento médico regular e especializado é essencial para um manejo eficaz da doença.

Importância da icterícia como sinal de alerta

Um dado importante do estudo é que a icterícia, que causa a pele amarelada, é detectada em 75% dos casos de câncer de pâncreas. Segundo matéria da Catraca Livre, esse é um dos principais sinais de alerta que podem indicar o início da doença, reforçando a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico para melhorar as chances de tratamento bem-sucedido. Veja mais aqui!

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