Dor de ouvido no verão: saiba como prevenir e tratar esse incômodo de vez

Ao contrário do que muita gente pensa, as otites não desaparecem com o fim dos dias mais frios. O verão, com as suas atividades em praia ou piscina, além de banhos mais frequentes, pode representar perigo para a saúde auricular.

Como evitar e tratar a dor de ouvido que surge no verão

Porém, com atenção e alguns cuidados simples, é possível evitar os incômodos, de acordo com a otorrinolaringologista do Hospital São Vicente, Mariele Bolzan Lovato.

O que causa a dor de ouvido no verão? Tem como evitar?

Segundo a profissional, essas queixas geralmente estão associadas a uma rolha de cera já presente no ouvido e que, ao entrar em contato com a água, fica líquida e “tranca” o canal.

Essa cera, associada a um acúmulo de água, pode causar uma inflamação no ouvido: “é o que chamamos de otite externa, que pode causar dor”, explica.

Quem sempre se incomoda com esse acúmulo de cera, orienta a médica do Hospital São Vicente, deve buscar um otorrinolaringologista antes da temporada do verão para fazer a remoção preventiva e evitar problemas.

Porém, vale esclarecer que quem costuma ficar muito tempo exposto à água do mar ou da piscina estará, de fato, mais suscetível a infecções. “Se não for possível reduzir esse tempo, assim que sair da água, é importante inclinar a cabeça para o lado e tentar secar por fora do canal auditivo com o maior cuidado possível, preferencialmente com uma toalha limpa”, indica.

Quais são os sintomas para se atentar?

Se por algum descuido, aparecerem sintomas como dor de ouvido, ouvido entupido, coceira intensa, febre, diminuição da audição, zumbido ou sensação de pressão e dor de cabeça, é fundamental buscar ajuda.

As otites externas, infecção do canal auditivo externo que vai do tímpano ao exterior da cabeça, são as mais comuns no verão e podem incluir, ainda, entre os sintomas, uma secreção amarelada ou marrom.

Tratamento

Caso apareçam esses sintomas, é necessário consultar um otorrinolaringologista. “Na maioria das vezes é necessário um antibiótico em gotas diretamente no ouvido”, conta a médica.

“Mas diabéticos ou pessoas com baixa imunidade, em tratamento oncológico, por exemplo, podem ter quadros mais graves, com a doença se espalhando para a orelha, pescoço e para a parte mais interna do ouvido. Nesse caso, pode ser necessário internamento com o uso de antibióticos na veia”, completa.

O profissional fará o diagnóstico por meio de um exame visual e receitará o melhor tratamento para cada caso e progressão da condição.

A otorrinolaringologista alerta que receitas caseiras nunca devem ser utilizadas, pois podem agravar o problema. Para aliviar a dor, uma opção segura é aplicar uma compressa morna com água na parte externa da orelha.

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