BOLO ENVENENADO: Suspeita de envenenar família com arsênio tem prisão prorrogada

A Justiça prorrogou, nesta quinta-feira (30), a prisão temporária de Deise Moura dos Anjos, de 42 anos, suspeita de envenenar um bolo que levou três pessoas à morte em Torres. A mulher, que está detida desde 5 de janeiro de 2025 no Presídio Feminino do município litorâneo, vai permanecer presa por pelo menos mais 30 dias.

Deise Moura dos Anjos, 42 anos, está presa temporariamente suspeita de assassinato | abc+



Deise Moura dos Anjos, 42 anos, está presa temporariamente suspeita de assassinato

Foto: Reprodução/Redes sociais

O chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, já havia confirmado à reportagem, no início desta semana, que a prorrogação da prisão de Deise aconteceria, já que a investigação tem sido complexa e precisa de um mais um tempo para ser concluída. Segundo ele, a prioridade é esclarecer o caso do bolo envenenado e responsabilizar a suspeita.

Ao fim do inquérito policial, a pretensão da Polícia é que a prisão de Deise seja convertida para preventiva.

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O Juiz de Direito Jefferson Torelly Riegel, em substituição na 1ª Vara Criminal da Comarca local, proferiu a decisão por considerar que a manutenção da segregação é imprescindível ao seguimento das investigações, bem como em razão de diligências que ainda devem ser realizadas.

O caso

Três pessoas de uma mesma família morreram após consumirem um bolo natalino feito por Zeli Teresinha dos Anjos, 61, sogra de Deise, no dia 23 de dezembro de 2024. Ao todo, seis pessoas comemoram o doce durante uma confraternização familiar no apartamento de uma das vítimas, em Torres. Todos passaram mal pouco tempo depois.

Naquele dia, Zeli perdeu duas irmãs, Neuza Denize Silva dos Anjos, 65, Maida Berenice Flores da Silva, 58, e a sobrinha Tatiana Denize Silva dos Anjos, 43, filha de Neuza.

A sogra de Deise ficou internada até o dia 10 de janeiro, quando recebeu alta hospitalar. Além dela, o filho de Tatiana, também ficou no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Torres, mas acabou liberado no dia 3 de janeiro. Além deles, um homem teve alta após atendimento médico ainda na data do envenenamento.

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Inicialmente, a Polícia Civil trabalhava com duas hipóteses: de envenenamento e de intoxicação alimentar. A segunda hipótese, entretanto, foi descartada assim que as análises preliminares apontaram para a presença de arsênio no bolo.

Deise é suspeita de envenenar os produtos utilizados pela sogra. As investigações também a apontam como causadora da morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, em setembro do ano passado. O corpo dele foi exumado após pedido da Polícia Civil, que detectou presença de arsênio, mesma substância encontrada no bolo, nas entranhas do idoso.

O marido e o filho de Deise também teriam sido envenenados após consumirem um suco preparado por ela.

*Colaborou: Nadine Funck.

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