Adultos com autismo? Saiba como buscar o diagnóstico correto

Muitas pessoas passam pela vida sem saber que estão no espectro autista. Sem um diagnóstico na infância, é comum ignorar características e desafios associados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que pode dificultar o acesso a recursos que auxiliariam na convivência com a condição.

Um estudo publicado na Revista Brasileira de Terapias Cognitivas investigou as experiências acadêmicas de seis estudantes universitários diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA). As entrevistas revelaram desafios significativos na interação social e na adaptação ao ambiente universitário, destacando a necessidade de políticas educacionais inclusivas que atendam às demandas específicas desses alunos.

Adultos com autismo? Saiba como buscar o diagnóstico correto

Vale a pena procurar um diagnóstico tardio?

Apesar de algumas pessoas se sentirem “velhas demais” para buscar um diagnóstico, entender melhor o próprio funcionamento pode trazer benefícios significativos.

Identificar o TEA na fase adulta permite uma compreensão mais profunda dos próprios pontos fortes e limitações, ajudando a superar dificuldades enfrentadas em relacionamentos, trabalho e outras áreas. Essa clareza pode reduzir sentimentos de frustração e inadequação acumulados ao longo dos anos.

Como iniciar a busca por um diagnóstico

O primeiro passo é observar comportamentos que possam indicar o TEA. Pesquisar sobre os sinais característicos e realizar autoavaliações pode ajudar na identificação.

Se esses sinais forem consistentes, procurar um especialista é essencial. Psiquiatras ou psicólogos com experiência em autismo em adultos podem conduzir avaliações detalhadas, que frequentemente incluem entrevistas, questionários padronizados e análises do histórico de vida.

Em casos mais complexos, outros profissionais, como neurologistas ou terapeutas ocupacionais, podem ser envolvidos para um diagnóstico mais preciso.

Além disso, organizações especializadas no espectro autista podem oferecer suporte, informações confiáveis e recomendações de profissionais capacitados.

O diagnóstico de autismo na fase adulta pode transformar desafios em oportunidades de crescimento.

Principais sinais de autismo em adultos

Os sinais de TEA podem variar entre indivíduos, mas alguns padrões são comuns, como dificuldades em interações sociais, comportamentos repetitivos e interesses restritos. Abaixo estão alguns exemplos mais específicos:

Sensação de “ser diferente”

Muitas pessoas no espectro relatam sentir-se distintas dos demais, uma sensação que persiste desde a infância e vai além de experiências isoladas. Esse sentimento, embora interno, pode impactar a forma como se relacionam com o mundo.

Preferências sensoriais específicas

Sensibilidade aumentada ou diminuída a estímulos sensoriais é outro sinal comum. Alimentos com certas texturas ou roupas feitas de determinados tecidos podem causar desconforto, enquanto outras opções são preferidas.

Esgotamento social

Interações sociais intensas, especialmente em ambientes barulhentos ou movimentados, podem ser exaustivas. Processar normas sociais, tons de voz e expressões faciais consome energia mental, fazendo com que muitas pessoas no espectro precisem de tempo para se recuperar após esses eventos.

Honestidade direta

Pessoas com autismo geralmente comunicam-se de forma objetiva e transparente, o que pode ser interpretado como ingenuidade ou frieza por quem está acostumado a interações sociais mais complexas.

Reconhecer os sinais do autismo é essencial para uma vida mais plena e equilibrada.

Por que o diagnóstico importa?

Buscar um diagnóstico tardio pode transformar vidas. Com ele, vem a possibilidade de acesso a terapias, grupos de apoio e adaptações no trabalho ou nos estudos, além de um melhor entendimento pessoal. Para quem sente que algo “não se encaixa”, o diagnóstico pode ser um passo importante rumo à aceitação e ao empoderamento.

Autismo no Brasil

Um estudo citado pela Catraca Livre revela que 1 a cada 30 crianças no Brasil está no espectro autista, reforçando a importância de diagnósticos precoces. Reconhecer sinais, como dificuldade de interação social e comportamentos repetitivos, pode garantir suporte adequado e melhorar a qualidade de vida. Veja mais aqui!

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