“Era uma criança que cativava a todos”, diz amiga da família da menina morta na piscina de casa em Novo Hamburgo

A menina Lya Beatriz Rodrigues de Moraes, 3 anos, era tratada como filha por um casal do bairro Primavera, em Novo Hamburgo. O homem e a mulher ajudavam a avó paterna da criança, que tem a guarda. Os pais biológicos, separados, moram em diferentes cidades de Santa Catarina. Foi no ambiente de “amor e zelo” dos “padrinhos”, conforme salientado por uma testemunha, que Lya morreu afogada no fim da tarde de segunda-feira (20).

Lya Moraes | abc+



Lya Moraes

Foto: Reprodução

“Era uma criança bela, carinhosa, que cativava a todos. Ganhou muito amor desse casal, que agora está arrasado, em choque, assim como a avó”, relatou uma amiga da família, enquanto amparava a mulher que assumiu o papel de mãe da criança. “Está muito abalada aqui. É muito triste, desolador. O apego era mútuo.”

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Lya se sentia em casa na residência do casal. A avó mora em outra propriedade do bairro. A idosa se sentia agradecida aos “padrinhos” pela proteção e sustento da criança. “Lya era alimentada com muito amor naquela casa”, reitera a amiga.

Desespero

A testemunha conta que, num rápido descuido, por volta das 18h30, os “padrinhos” perceberam que Lya não estava mais na sala assistindo televisão e foram procurá-la na residência. A encontraram desacordada na piscina e gritaram por ajuda.

A menina recebeu os primeiros socorros de uma equipe do Samu e foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Centro, onde o médico atestou a morte. No histórico do boletim de ocorrência policial, os “padrinhos” constaram como pais da vítima.

Amiga da família frisa que espaço é cercado

Ainda de acordo com a amiga da família, a piscina é cercada, mas Lya teria conseguido abrir o portão. Foi ela quem fez o registro da ocorrência na Central de Polícia de Novo Hamburgo. Relatou que a menina estava de sandálias na água, o que indica que tenha caído.

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O corpo foi liberado pela perícia no fim da tarde desta terça (21). O enterro está marcado para as 11 horas desta quarta (22) no Cemitério Jardim da Memória. Familiares não tinham a confirmação se os pais biológicos virão para os atos fúnebres. Nascida em Novo Hamburgo, Lya completaria 4 anos no dia 12 de março.

É o segundo caso em sete dias no Vale do Sinos

No fim da tarde da segunda-feira da semana passada, dia 13, um caso parecido chocou Sapiranga. Ariele Regina Zvetsch Farias, de 1 ano e 11 meses, morreu após se afogar na piscina da residência onde morava com os pais, no bairro Amaral Ribeiro. Foi retirada da água pela mãe, que a levou a um posto de saúde, onde chegou em parada cardiorrespiratória, por volta das 18 horas.

Dicas de prevenção

– Supervisão constante: Crianças devem estar sempre acompanhadas por um adulto responsável ao redor de piscinas e outras áreas aquáticas. Mesmo na presença de guarda-vidas, a atenção não pode ser negligenciada.
– Barreiras físicas: É recomendado que piscinas tenham barreiras físicas, como cercas com portões trancados, para evitar acesso não supervisionado.
– Precauções adicionais: Em locais como clubes, hotéis e pousadas, certifique-se de que há presença de guarda-vidas. Tenha um telefone carregado e com sinal disponível para emergências.
– Ambiente doméstico seguro: Mantenha portas de áreas de serviço e banheiros sempre fechadas, e recipientes como baldes e bacias virados para baixo para evitar acidentes, já que mesmo com pouca água, dependendo do tamanho da criança, isso apresenta riscos.

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