Saiba como região será beneficiada com investimento milionário no polo de Triunfo

Investimentos anunciados na última sexta-feira (17), em cerimônia da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, podem chegar a R$ 1 bilhão até 2026. Do montante, R$ 759,3 milhões tem como destino projetos da Braskem, Innova, Grupo OCQ e Unipar.

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Os investimentos fazem parte do programa federal Reiq e estão divididos assim: R$ 614 milhões para 7 projetos da Braskem nos estados do Rio Grande do Sul, Alagoas e Bahia; R$ 73,3 milhões em projetos da Innova; a Unipar, com R$ 57 milhões; e o Grupo OCQ, R$ 15 milhões.

Parte do investimento da Braskem será no Polo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul. Com o alto investimento, que vai gerar pelo menos 1 novos mil empregos, outras regiões do Estado como OS vales do Sinos e Caí também serão beneficiadas. A cidade de Montenegro, no Vale do Caí, tem forte relação com o polo. Por sua proximidade e também por receber as indústrias da cadeia do plástico, além de contar com moradores que atuam na base de Triunfo.

“O Polo Petroquímico é muito importante para Montenegro. Ele movimenta uma extensa cadeia produtiva com indústrias da chamada terceira geração e com prestadores de serviços que possuem sede em nossa cidade. Além disso, nossa economia cresce com novos moradores e consumidores que trabalham no polo. Ainda, temos o Polo da Química em nosso distrito industrial, muito próximo da área do polo de Triunfo” , avalia o prefeito de Montenegro, Gustavo Zanatta.

Benefícios para o setor calçadista

Para o vice-presidente de Economia da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha e Dois Irmãos (ACI-NH/CB/EV/DI), André Momberger, o investimento por si só já impacta o Estado como um todo. E pensando em setores do Vale do Sinos, o que deve ter ainda mais destaque a partir dos incentivos para a área química é o calçadista.

“O setor calçadista é usuário de vários insumos químicos produzidos no polo (de Triunfo). Acredito que desta forma teremos benefício provavelmente em incremento de produção, com uma maior oferta de produtos pra nós”, ressalta Momberger.

O vice-presidente da ACI lembra ainda que há na região profissionais e escolas técnicas com cursos da área química, como é o caso da Fundação Liberato, em Novo Hamburgo. “No Vale do Sinos temos mão de obra muito qualificada e isso acaba sendo exigido por empresas como a Braskem. Eu conheço pessoas que moram em Novo Hamburgo e trabalham no polo de Triunfo. E tem muita gente que faz o curso técnico na Liberato e fica em espera para fazer estágio no polo. Assim como há outras escolas assim na região”, destaca.