Historiadores descobrem onde Alexandre se tornou “O Grande”

As respostas sobre quando e por que o rei Alexandre III da Macedônia recebeu o apelido de “Alexandre, O Grande” são de conhecimento geral há muito tempo, mas historiadores descobriram o “onde” somente há menos de um mês.

A alcunha “O Grande”, ou melhor, o epíteto do rei da Macedônia, foi registrado no início do segundo século d.C. por Plutarco. Por isso, também existe o termo “Alexandre Magno”, oriundo de “Alexandri Magni”, que significa Alexandre, o Grande, em latim.

Aliás, o histórico rei só recebeu esse nome 100 anos após sua morte, o que influenciou líderes romanos a adotarem o epíteto.

O epíteto “Grande”, de acordo com registros históricos, se dá pelo sucesso incomparável de Alexandre como comandante militar. Ele nunca perdeu uma batalha, apesar de frequentemente enfrentar exércitos maiores.

E, de acordo com historiadores turcos, o local da Batalha do Grânico, que fez Alexandre se tornar “O Grande”, foi encontrado. Durante o conflito, as forças de Alexandre venceram o Primeiro Império Persa, marcando o primeiro grande triunfo do rei da Macedônia sobre os persas, abrindo o caminho para a conquista do mundo antigo.

Onde Alexandre se tornou “O Grande”?

Apesar da importância histórica, a localização exata da batalha era foco de debate entre historiadores.

No entanto, uma equipe liderada pelo professor Revhan Körpe, professor da Universidade Canakkale Onsekiz Mart e um dos principais historiadores do projeto da “Rota Cultural de Alexandre, O Grande”, afirma ter descoberto onde ocorreu a batalha.

Em entrevista ao portal Turkye Today, o historiador afirmou que a pesquisa, ao analisar minuciosamente fontes antigas, conseguiu identificar a localização exata da batalha.

A pesquisa dos historiadores turcos ocorreu em uma área próxima à cidade de Biga, nas margens do rio Grânico, no noroeste da Turquia. Usando testes geomorfológicos para reconstruir o cenário antigo, bem como identificar áreas úmidas e locais que sustentam uma grande batalha.

As análises levaram os historiadores a uma colina ao leste de um mangue, correspondendo com as descrições de registros históricos de mercenários que participaram do conflito.

No local, os historiadores descobriram os restos da antiga cidade de Hermaion, onde Alexandre se acampou antes da batalha que o tornou “O Grande”.

“Mapeamos a rota exata do trajeto de Alexandre, que começou na vila de Ozbeck, cruzando a cidade de Umurbey até chegar à Planície de Biga”.

A Batalha de Grânico permitiu que Alexandre III expandisse seu império pela Grécia e pelo Oriente Médio. Assim, se tornando rei da Pérsia e da Babilônia, além de Faraó do Egito.

Na Pérsia, onde governou por 13 anos, Alexandre não era considerado “O Grande”, mas, sim, “O Amaldiçoado” devido à destruição de templos ligados ao Zoroastrismo.

Além disso, Alexandre fundou mais de 20 cidades, sendo Alexandria a mais famosa, mas, certamente, a mais interessante é Bucéfala, em homenagem ao seu cavalo.

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