Professor suspeito de abusar de crianças em sala de aula já é réu por crime semelhante em Goiás, diz polícia


Romero Prado Cardoso foi preso nesta terça-feira (9); vítimas de 10 e 11 anos dizem que abusos aconteciam antes das aulas ou nos intervalos, em salas vazias. Secretaria de Educação não se manifestou. Professor é suspeito de abusar de crianças em escola pública do DF
PCDF/Reprodução
O professor Romero Prado Cardoso — preso por suspeita de abusar de crianças de escolas públicas do Distrito Federal — já é réu em processo judicial pela prática de crime semelhante quando atuava como professor na rede pública de ensino de Goiás. A informação foi confirmada pela Polícia Civil.
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O professor foi afastado por 60 dias — prorrogáveis por mais 60 — pela Secretaria de Educação. Ele foi preso nesta terça-feira (9). Crianças de 10 e 11 anos relataram os abusos do professor para os familiares (veja detalhes abaixo).
O g1 questionou a Secretaria de Educação sobre a checagem de antecedentes de professores que atuam na rede pública da capital, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
A Polícia Civil divulgou, nesta sexta-feira (9), a foto do professor com o objetivo de identificar outras possíveis vítimas (veja como denunciar abaixo).
Mãe diz que filha sente ‘culpa’
Mãe fala sobre relatos da filha, vítima de abusos do professor.
As duas meninas, de 10 e 11 anos, estão no 4° ano e foram alunas de Romero em 2023. Elas contam que os abusos aconteceram por cerca de três meses e ocorriam antes das aulas ou nos intervalos, em salas vazias.
A mãe da menina de 10 anos também diz que o professor chegou a dar R$ 10 para sua filha em troca de silêncio. O caso veio à tona depois que uma outra mãe de aluna encontrou, no celular da filha, uma troca de mensagens entre meninas que relatavam abusos sexuais dentro da escola (veja vídeo acima).
“Eu sei que o que ele fez não vai mudar, já foi. Minha filha está mal. Agora é cuidar dela para que ela fique bem. Mas eu quero que ele pague pelo que ele fez”, diz a mãe de uma das vítimas.
Ao tomar conhecimento, a direção da escola acionou o Conselho Tutelar e a polícia, e todos foram levados para a delegacia de Santa Maria.
À polícia, a direção da escola mostrou imagens de câmeras de segurança. As cenas revelam que na data do último relato de abuso o professor ficou sozinho com uma das meninas dentro de uma sala de aula por 6 minutos.
O professor dá aulas no colégio há três anos e passou a ser investigado por estupro de vulnerável.
Como denunciar casos de abuso sexual:
Polícia Militar – ligue 190: quando a criança está correndo risco imediato;
Samu – ligue 192: para pedidos de socorro urgentes;
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
Conselho tutelar: todas as cidades possuem conselhos tutelares. São os conselheiros que vão até a casa denunciada e verificam o caso. Dependendo da situação, já podem chegar com apoio policial e pedir abertura de inquérito;
Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia: [email protected]
Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: pelo WhatsApp (61) 99656- 5008
Unidades do Ministério Público
👉 Não é necessário ser responsável pela criança para fazer a denúncia. Qualquer um pode acionar um órgão, como o Conselho Tutelar, para isso.
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