Justiça identifica responsáveis por espalharem vídeos contra ex-prefeito da Capital em 2020

A Justiça Eleitoral chegou aos nomes dos envolvidos pelos disparos de vídeos contra o ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União Brasil), durante as eleições de 2020, visando prejudicá-lo na campanha daquele ano.

Gean Loureiro (União) em campanha de 2022 para o Governo do Estado – Foto: Leo Munhoz/ND

Foram identificados três responsáveis: a empresa 4Share Tecnologia, de Flávio Alberto de Andrade e Hermes Carazzai Fonseca, e Neli dos Santos, conhecido como Neli do PT, do Paraná, que morreu em 2022. Durante a busca, Google e WhatsApp tiveram que fornecer os dados dos nomes investigados.

Segundo as investigações policiais, a pedido da Justiça Eleitoral, o crime foi executado sem emissão de nota fiscal, pago em dinheiro.

Em sentença publicada no início deste mês, o juiz Marcelo Pizolati, da 13ª Zona Eleitoral de Florianópolis, decidiu atender a requisição do Ministério Público, com a certificação dos antecedentes dos investigados Flávio Alberto de Andrade e Hermes Carazzai Fonseca; designação de audiência de transação penal para os mesmos; e extinção da punibilidade do falecido investigado Neli dos Santos.

“Há provas da materialidade e indícios de autoria, pois, segundo as investigações, a empresa 4 Share Tecnologia e Serviços Ltda, de propriedade do investigado Flávio Alberto de Andrade, supostamente administrada pelo investigado Hermes Carazzai Fonseca, teria sido contratada pelo falecido investigado Neli dos Santos para efetuar disparos de mensagens, por meio do WhatsApp, em desfavor do então candidato Gean Loureiro”, apontou o juiz.

O juiz entendeu que o delito imputado a Flávio e Hermes, de ação penal pública incondicionada, por ter pena máxima não superior a dois anos, é de menor potencial ofensivo, comportando, então, transação penal, medida cuja suficiência depende, dentre outros fatores, dos antecedentes criminais.

Outrossim, apesar do tempo decorrido desde o pleito de 2020, a conduta teria sido praticada em novembro daquele ano. Logo, pelo fato de o crime ter pena máxima de um ano, prescreve em quatro anos, ou seja, em novembro de 2024.

Em 2020, a Coligação Viva Floripa, integrada pelos extintos partidos DEM e PSC, além do Republicanos, Podemos e PSD, apresentou notícia-crime, objetivando apurar o delito, representado por disparo em massa, via aplicativo de mensagens (WhatsApp), de link de acesso a vídeo desfavorável ao seu então candidato a prefeito de Florianópolis no pleito de 2020, Gean Loureiro.

Apesar das condenações, as investigações prosseguem. Procurado, Gean disse que entrará na Justiça contra os envolvidos por dano moral.

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