Polícia investiga denúncia de agressão de funcionária contra menino autista em escola de Ibaté


Mãe da criança registrou um boletim de ocorrência no dia 21 de junho e o menino passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. Escola Estadual Orlando da Costa Telles em Ibaté
Reprodução/Facebook
A Polícia Civil vai investigar uma suposta agressão de uma funcionária contra um menino, de 11 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), dentro da Escola Estadual Orlando da Costa Telles, em Ibaté (SP).
A mãe da criança registrou um boletim de ocorrência no dia 21 de junho e o menino passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o caso foi registrado como lesão corporal e “diligências estão sendo feitas para o esclarecimento dos fatos”.
Procurada, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc) disse que abriu uma apuração preliminar para apurar a conduta da funcionária, mas não esclareceu se ela foi afastada ou se continua trabalhando na unidade. (Veja abaixo o posicionamento completo.)
Briga por causa de clips
Ao g1, a mãe da criança disse que o filho, por ser autista, não consegue ficar muito tempo parado e nem de barulhos altos. Na sexta-feira (21), ele teria ficado dando voltas nos corredores quando encontrou um clips.
“Ele me disse que catou esse clip e tava indo entregar para a professora. Quando ele foi entregar, duas alunas começaram a gritar achando que ele iria machucar elas, mas ninguém nem esperou o menino falar, ela [funcionária] já partiu pra cima dele, grudou no pescoço dele, prensou ele na parede e aí ele deu um chute nela pra conseguir se soltar”, disse a mulher.
Ainda de acordo com ela, a confusão foi separada por uma outra funcionária da escola.
Segundo a mãe, tudo aconteceu no corredor da escola, o qual possui câmeras de segurança. Entretanto, as imagens não foram disponibilizadas à ela pela direção escolar. A mulher registrou um boletim de ocorrência no mesmo dia.
“Ela agrediu ele, ela colocou a mão nele, que é uma coisa muito errada. Ela não devia ter feito isso. Ele tem laudo [de autismo], faz tratamento certo, então ela não tinha que agredir ele”, lamentou.
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O que diz a Seduc
O g1 questionou a Seduc se funcionária foi afastada e se já tinha sido alvo de outras denúncias, o motivo da sala não ter um monitor, já que crianças autistas têm direito a um acompanhante especializado, e se a pasta está prestando algum tipo de apoio ao aluno e sua família, mas não teve retorno até a última atualização da reportagem.
A pasta enviou a seguinte nota:
“A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo repudia toda e qualquer tipo de agressão, dentro ou fora da escola, e lamenta o ocorrido. É compromisso da Seduc-SP a política pública inclusiva.
A Diretoria de Ensino de São Carlos abriu uma apuração preliminar para apurar a conduta da funcionária e segue à disposição dos responsáveis pelo estudante e das autoridades de segurança”.
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