As negociações entre a Prefeitura de Novo Hamburgo e o Instituto Arlindo Ruggeri sobre a retomada da Orquestra de Sopros da cidade (OSNH) têm sido mediadas, desde o início de abril, pelo Ministério Público (MP). O órgão tenta ajudar na busca por uma solução para o impasse que já dura quase seis meses, desde que a nova gestão municipal assumiu.
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Contudo, mesmo com a atuação do MP, ainda não houve avanços para que os repasses que mantém a Orquestra sejam reiniciados.
Foto: Divulgação
Início das negociações
As negociações para que a Prefeitura mantivesse o convênio que sustenta a segunda Orquestra mais antiga do Estado foram iniciadas em janeiro, mas atualmente estão estagnadas.
Em março, a Secretaria Municipal da Cultura informou que não iria realizar os repasses deste ano. Desde então, já são mais de dois meses de inatividade da OSNH, que precisou interromper os trabalhos pela primeira vez em mais de 70 anos de história. O valor básico necessário para manter os cerca de 30 músicos contratados é de R$ 80 mil mensais.
Desde o dia 3 de abril uma tentativa de diálogo foi iniciada no âmbito da Promotoria de Justiça Especializada de Novo Hamburgo, sob a liderança do promotor Sandro de Souza Ferreira. Um dos pontos levados em consideração pelo promotor é que a OSNH é um patrimônio histórico, artístico e cultural de Novo Hamburgo e, sendo assim, deveria ser mantida pela administração municipal.
A Prefeitura tinha até 30 de abril para apresentar uma solução que garantisse a retomada da Orquestra, mas o prazo se encerrou sem que a gestão de Gustavo Finck desse respostas.
Mobilização pela continuidade da orquestra
Desde que as atividades da Orquestra de Sopros de Novo Hamburgo foram interrompidas, uma mobilização, que envolve lideranças políticas de diferentes matizes, teve início para defender publicamente a continuidade da orquestra.
“O que buscamos é uma solução que garanta o funcionamento, pelo menos, até o final do ano. Algumas alternativas têm se apresentado, mas são possibilidades para o futuro, não para agora. Por isso a importância de que voltemos a dialogar com a Prefeitura”, afirma o diretor artístico da OSNH, Gustavo Müller.