Saiba em que regiões do RS pode nevar e onde ciclone passará com mais força

A massa de ar polar que ingressa no Rio Grande do Sul e atinge também os outros estados do Sul do Brasil nesta quarta-feira (28) está derrubando as temperaturas. Até agora, essa foi a tarde mais fria do ano na maioria das cidades gaúchas. Em municípios do Oeste, do Centro e do Sul do Estado chegaram a ser registradas marcas entre 5°C e 10°C às 15 horas.

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Na animação do satélite no canal de vapor se observa a rotação da baixa fria em altitude com ar gelado a partir do Nordeste da Argentina, que pode trazer neve, e que, posteriormente, dará origem a um ciclone na costa | abc+



Na animação do satélite no canal de vapor se observa a rotação da baixa fria em altitude com ar gelado a partir do Nordeste da Argentina, que pode trazer neve, e que, posteriormente, dará origem a um ciclone na costa

Foto: Reprodução/MetSul Meteorologia

A previsão é que essa quinta-feira (29) seja ainda mais gelada. Além das baixas temperaturas, haverá um ciclone extratropical, que vai se aprofundar no começo do dia junto ao litoral gaúcho.

“A baixa pressão que dará origem ao ciclone cedo na costa hoje já trouxe rajadas muito fortes no Sul do Rio Grande do Sul com falta de luz em vários municípios. As rajadas chegaram a 89 quilômetros por hora no Porto de Rio Grande, que fechou devido ao vento e ao mar grosso”, destaca a MetSul Meteorologia.

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Ciclone: saiba quando e onde ocorre período mais crítico

Por conta da chegada do ciclone ao território gaúcho, o período mais crítico de vento será entre a madrugada e a manhã de quinta-feira, podendo se estender pela tarde no litoral norte. As rajadas mais fortes são previstas para a Lagoa dos Patos e entorno, Porto Alegre, Sul da região metropolitana, Aparados da Serra e a faixa costeira entre São José do Norte ou Mostardas e o litoral norte.

Nestas regiões, as rajadas devem ficar entre 60 e 80 quilômetros por hora. Vários pontos, contudo, poderão registrar ventos de 80 a 100 quilômetros por hora, com marcas isoladas que podem atingir de 100 a 120 quilômetros por hora. Em Porto Alegre, deve ficar entre 60 e 80 quilômetros por hora, com rajadas localmente superiores de 90 quilômetros por hora ou mais — sobretudo no Sul da cidade, por efeito de topografia.

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A MetSul salienta que o vento do ciclone, que soprará por horas, pode derrubar árvores, causar destelhamentos e colapsar estruturas. O maior impacto, no entanto, deve acontecer na rede elétrica, o que deixará um alto número de pessoas sem luz.

Alagamentos e inundações não estão descartados, já que ciclone pode provocar chuva forte a intensa com volumes bastante elevados. Na área entre o norte da Lagoa dos Patos, a Grande Porto Alegre e o litoral norte podem ser registrados acumulados de 100 a 200 milímetros.

Onde deve nevar?

“A interação da circulação ciclônica com a nebulosidade e a precipitação, em outro dia muito frio, traz chance de neve”, aponta a MetSul. Conforme os meteorologistas, há possibilidade média a alta de neve em cotas acima de 1.000 metros entre o Planalto Sul Catarinense e os Aparados da Serra do Rio Grande do Sul.

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Já em pontos do Planalto de Palmas do Paraná, do Planalto Norte de Santa Catarina e na Serra gaúcha, a chance de nevar é de baixa a média. A possibilidade de neve é mais remota em cotas abaixo de 700 metros e em áreas de relevo, conforme explicam os especialistas. Porém, pode ocorrer chuva congelada nestas áreas.

“Uma vez que haverá circulação ciclônica com nebulosidade mais vertical e ar muito gelado em altitude por uma baixa pressão em níveis médios da atmosfera, não se afasta a possibilidade de pancadas isoladas de neve forte em que pode haver acumulação rápida”, complementa a MetSul.

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