Opção de desinstalar o Recall no Windows 11 é um bug, diz Microsoft

A Microsoft confirmou nesta semana que a opção de desligar seu controverso recurso Recall no Windows 11 na verdade é um bug que não devia ter aparecido. A empresa diz já estar trabalhando para “resolver o problema” em um update para PCs Copilot+.

O update KB5041865 trouxe a possibilidade de desativar e remover o Recall sem alarde, então acreditava-se que a Microsoft cedeu à pressão dos usuários e entidades preocupadas com a privacidade. Um porta-voz da empresa, no entanto, falou do assunto para o The Verge:

“Estamos cientes de um problema em que o Recall está listado incorretamente como uma opção na janela ‘Ligar ou desligar recursos do Windows’, no Painel de Controle”, declarou Brandon LeBlanc, gerente de produtos sênior para a Microsoft. “Isso será corrigido num update futuro“.

Ou seja, a empresa segue com seus planos de testar o recurso com Windows Insiders em PCs Copilot+ em outubro. E provavelmente só com a opção de não usar, sem poder remover completamente.

O Recall gerou controvérsias logo em seu anúncio por observar constantemente as ações do usuário no Windows, fazendo até capturas de tela de alguns momentos. Os riscos contra a privacidade ficam evidentes, ainda mais pela maneira que a tecnologia foi implementada num primeiro momento.

Microsoft pode ser obrigada a permitir desinstalar o Recall na Europa

Na estreia do Recall em fase de testes, o recurso já não chegou causando boa impressão. Isso porque a base de dados de capturas das ações dos usuários não era encriptada, enquanto colhia os dados de todos os PCs com a tecnologia.

Entre as mudanças voltadas para segurança, o Recall passa a ser um recurso que o usuário escolhe usar, com os dados criptografados. A autenticação é feita através do Windows Hello.

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As mudanças, no entanto, podem não ser suficientes para atender às leis europeias. No velho continente a Microsoft já foi obrigada a deixar as pessoas desinstalarem o Edge, por exemplo. Para um recurso como o Recall, é bem provável que as autoridades da Europa sejam ainda mais restritivas.