
Um novo estudo conduzido por cientistas da Columbia University e do Boston Children’s Hospital revela que não apenas o que se come, mas a ordem em que os alimentos são consumidos pode ter um papel fundamental no controle do diabetes tipo 2.
A pesquisa analisou o impacto de diferentes sequências alimentares em 16 pessoas com a condição. Os voluntários seguiram três padrões de refeição ao longo de três dias: um grupo comeu carboidratos primeiro, outro consumiu proteínas e vegetais antes dos carboidratos, e o terceiro ingeriu todos os alimentos simultaneamente. Os resultados mostraram que deixar os carboidratos por último levou a uma redução significativa dos picos de glicose no sangue após as refeições.
Essa técnica, chamada de “carboidrato por último”, também favoreceu uma liberação mais equilibrada de insulina, hormônio crucial para o controle do açúcar no sangue. Ao comer vegetais e proteínas primeiro, o corpo parece se preparar melhor para metabolizar os carboidratos que vêm depois.
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Alimentação estratégica e escolhas inteligentes
Além da nova estratégia alimentar, o estudo reforça que comportamentos preventivos continuam essenciais no manejo da doença: controlar porções, monitorar a glicose com frequência, manter exames de rotina — especialmente nos pés, visão e coração — e optar por carboidratos complexos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, entre os alimentos mais recomendados para quem tem diabetes estão:
- Leguminosas, como feijão, lentilhas e grão-de-bico;
- Grãos integrais, como quinoa, arroz integral, aveia e cevada;
- Vegetais não amiláceos, como espinafre, couve-flor e brócolis;
- Frutas frescas de baixo índice glicêmico, como morango, pera e maçã.
Esses alimentos são absorvidos mais lentamente pelo organismo e ajudam a evitar grandes oscilações nos níveis de glicose.

Entendendo os carboidratos
Os carboidratos são a principal fonte de energia do corpo, mas nem todos são iguais. Os simples, como açúcar de mesa e doces, elevam rapidamente a glicose no sangue. Já os complexos são digeridos mais lentamente, fornecendo energia de forma gradual e estável — uma vantagem para quem busca controlar o diabetes.
O que pode causar diabetes?
Diversos fatores aumentam o risco de desenvolver diabetes tipo 2, incluindo predisposição genética, sedentarismo, alimentação rica em ultraprocessados e carboidratos refinados, obesidade, hipertensão e até condições como a síndrome do ovário policístico.
A boa notícia é que pequenas mudanças no dia a dia, como comer carboidrato por último, podem ter um grande impacto na saúde a longo prazo.
Tudo sobre diabetes: entenda a doença que afeta milhões
O diabetes é uma condição crônica caracterizada pelo aumento da glicose no sangue. Afeta milhões de pessoas no mundo. Existem dois tipos principais: tipo 1 e tipo 2. O tratamento envolve alimentação equilibrada, atividade física e, muitas vezes, uso de medicamentos para controle eficaz da doença. Clique aqui para saber mais.