As 10 melhores plantas para ter em apartamento que não bate sol

Ter plantas em casa pode transformar o ambiente, mas quem vive em apartamentos com pouca luz natural precisa fazer escolhas certeiras.

Plantas para ambientes sombreados, segundo especialista.

Em entrevista à Catraca Livre, Ronan Machado, gestor do curso de Engenharia Agronômica do Centro Universitário de Jaguariúna (UniFAJ), explicou quais espécies se adaptam melhor a esses espaços e quais cuidados são essenciais.

Quais plantas se dão bem em ambientes com pouca luz?

Segundo o especialista, as melhores opções são aquelas que vêm de ambientes sombreados, como florestas tropicais.

Plantas que se adaptam bem a ambientes com pouca luz geralmente possuem folhas mais largas, espessas ou de coloração mais escura, o que permite uma maior eficiência na captação da luz disponível”, afirma.

Essas espécies também tendem a ter um metabolismo mais lento, o que reduz a necessidade de energia para o desenvolvimento.

As 10 melhores plantas para se ter em apartamento que não bate sol

Ronan lista dez espécies que reúnem beleza, resistência e baixa manutenção:

  1. Zamioculca (Zamioculcas zamiifolia);
  2. Lírio-da-paz (Spathiphyllum wallisii);
  3. Espada-de-São-Jorge (Sansevieria trifasciata);
  4. Jiboia (Epipremnum pinnatum);
  5. Filodendro (Philodendron scandens e outras variedades);
  6. Maranta (Maranta leuconeura);
  7. Peperômia (Peperomia spp.);
  8. Palmeira Ráfia (Rhapis excelsa);
  9. Antúrio (Anthurium andraeanum);
  10. Singônio (Syngonium podophyllum).

São espécies resistentes, de baixa manutenção e muito bonitas para ambientes internos”, destaca.

Espada-de-São-Jorge é uma das plantas indicadas pelo especialista.

Como cuidar dessas plantas?

O segredo para mantê-las saudáveis está em ajustar a rotina de cuidados. “Plantas em ambientes de pouca luz precisam de um controle mais rigoroso na rega, pois a evaporação é menor e o excesso de água pode causar apodrecimento das raízes. […] Regar apenas quando o substrato estiver seco na parte superior”, alerta Ronan.

Como crescem mais devagar, exigem menos adubação, e é essencial fazer a limpeza regular das folhas, já que o acúmulo de poeira prejudica a absorção da luz.

O substrato também merece atenção: deve ser leve, aerado e bem drenável. Uma mistura recomendada é terra vegetal com fibra de coco e perlita ou areia grossa.

Quanto à adubação, ele orienta: “a cada 2 a 3 meses, utilizar adubo equilibrado (NPK 10-10-10) ou adubos orgânicos líquidos, sempre em menor quantidade do que para plantas de sol pleno.”

Luz artificial pode ajudar?

Se o apartamento tem iluminação natural quase inexistente, uma solução é investir em luzes artificiais específicas.

As lâmpadas LED de espectro completo (grow lights) são as mais indicadas, pois simulam a luz solar, oferecendo as faixas de luz azul e vermelha necessárias para fotossíntese e desenvolvimento”, explica.

Ele recomenda deixar as lâmpadas acesas entre 8 e 12 horas por dia.

Quais erros devem ser evitados?

Entre os erros mais comuns, o mais grave é o excesso de água. Outros problemas frequentes incluem o uso de substratos que retém muita umidade e o descuido com a limpeza das folhas.

Ronan também chama a atenção para a importância de girar os vasos de tempos em tempos: “Não rodiziar as plantas, deixando sempre o mesmo lado para a pouca luz disponível, gera crescimento torto.”

Cuidado com o excesso de água.

Quero ter uma planta no meu apartamento, por onde devo começar?

Para quem está dando os primeiros passos no cultivo de plantas, Ronan tem algumas sugestões.

A Zamioculca e a Espada-de-São-Jorge são imbatíveis para iniciantes. São extremamente resistentes, toleram esquecimentos de rega e se adaptam bem a baixa luminosidade. A Jiboia também é ótima, pois, além de ser fácil de cuidar, pode ser cultivada tanto como pendente quanto em tutor.”

Ele ainda lembra que plantas não são apenas decorativas: “elas ajudam a purificar o ar, absorvendo compostos tóxicos como benzeno e formaldeído, melhoram a umidade do ambiente, reduzem o estresse, aumentam a sensação de bem-estar”, reforça.

Com essas dicas, até quem mora em um cantinho sem sol pode ter uma selva urbana cheia de vida e benefícios.

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