
Quer começar a se movimentar, mas sente que falta tempo? Um novo estudo da Edith Cowan University (ECU), na Austrália, mostra que dedicar apenas cinco minutos por dia a exercícios excêntricos pode ser o suficiente para melhorar a saúde física e mental — e ajudar a deixar o sedentarismo para trás.
Os exercícios excêntricos são aqueles que priorizam o alongamento do músculo, ao contrário dos concêntricos, que focam na contração. Um exemplo fácil de visualizar é o agachamento: quando você desce, está realizando a fase excêntrica, pois os músculos se alongam; ao subir, ocorre a fase concêntrica, com a contração muscular.
Como alcançar benefícios em 5 minutos
Publicado na revista European Journal of Applied Physiology, o estudo analisou os efeitos de um programa curto de treinos excêntricos feitos em casa e usando apenas o peso do corpo. Ao longo de quatro semanas, participantes sedentários realizaram diariamente dez repetições de quatro movimentos: agachamento com apoio em cadeira, reclinação na cadeira, flexão de braço na parede e queda do calcanhar (movimento que trabalha tornozelos e pés).
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A proposta era realizar os exercícios de forma lenta e controlada, focando no alongamento muscular durante cada movimento. O resultado? Melhoras consistentes na força, flexibilidade, resistência e até no bem-estar psicológico.

“Vimos avanços significativos em diferentes áreas da saúde, o que mostra que mesmo pequenas doses diárias de atividade física podem gerar benefícios reais e duradouros”, explica o professor Ken Nosaka, da Escola de Ciências Médicas e da Saúde da ECU.
Outro ponto positivo: esse tipo de treino não exige equipamentos ou academia — basta o peso do corpo e um pouco de disciplina. Ainda assim, os pesquisadores destacam que quem quiser resultados mais robustos pode (e deve) aumentar a duração e a intensidade dos exercícios aos poucos.
“As recomendações oficiais sugerem 150 minutos semanais de atividade física, mas esse número pode parecer assustador para quem está começando. Começar com cinco minutos por dia é mais realista e pode motivar as pessoas a manterem o hábito e evoluírem com o tempo”, conclui Nosaka.