
Com a rotina cada vez mais agitada da vida moderna, muitas mães encontram dificuldades em manter a amamentação exclusivamente no peito.
Seja por compromissos profissionais, questões de saúde ou outras demandas do dia a dia, a extração e o armazenamento do leite materno tornaram-se práticas cada vez mais comuns — e extremamente eficazes — para garantir a alimentação do bebê com qualidade e segurança.
A ginecologista e obstetra Dra. Juliana Ottolia esclarece dúvidas frequentes sobre o tema e orienta as mães sobre os cuidados necessários para manter os benefícios do leite mesmo fora do corpo.
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Leite materno pode ser congelado?
Verdade. O leite pode e deve ser congelado logo após a extração para preservar seus nutrientes. Quando armazenado na geladeira, ele dura até 12 horas. Já no congelador, a validade se estende por até 15 dias, oferecendo uma alternativa prática e segura para o dia a dia.
Usar bomba para tirar o leite altera os benefícios?
Mito. A composição do leite materno permanece a mesma quando o processo é feito corretamente. Isso inclui a extração com equipamentos apropriados, armazenamento em recipientes esterilizados e vedados, e aquecimento adequado. Assim, o leite continua sendo altamente nutritivo para o bebê.
O leite estraga se não for bem armazenado?
Verdade. O leite materno se deteriora rapidamente se deixado fora da geladeira ou do congelador. Por isso, é essencial utilizar saquinhos ou frascos próprios para armazenamento de leite humano — eles são feitos com material seguro e possuem vedação adequada para garantir a proteção do alimento.

Pode esquentar o leite no micro-ondas?
Mito. Aquecer o leite no micro-ondas ou fervê-lo pode destruir componentes importantes, como os anticorpos naturais presentes nele. A recomendação é aquecê-lo em banho-maria, com o fogo já desligado, mexendo levemente o frasco para homogeneizar o conteúdo.
A extração de leite dói?
Mito. A extração deve ser um processo confortável. Caso haja dor, irritações ou bolhas, é necessário ajustar a intensidade da bomba ou procurar orientação médica. Desconfortos persistentes não devem ser ignorados.
O leite extraído pode substituir a amamentação direta?
Verdade. Embora a amamentação no peito promova vínculo afetivo importante, a extração é uma solução viável em momentos em que a mãe não pode estar presente. Isso permite a continuidade da alimentação com leite materno, mesmo durante o retorno ao trabalho ou em situações específicas.
Extração como aliada da amamentação prolongada
No Brasil, a licença-maternidade para trabalhadoras sob regime CLT varia entre 4 e 6 meses, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a amamentação até os 2 anos de idade ou mais. Diante desse cenário, a técnica de extração e armazenamento de leite torna-se uma ferramenta essencial para prolongar os benefícios da amamentação, respeitando as necessidades da mãe e do bebê.
Informação é poder, especialmente quando o assunto é o cuidado com os primeiros anos de vida. Com orientação médica e as práticas corretas, é possível conciliar a vida moderna com a amamentação segura e nutritiva.
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