Um grupo de famílias abrigadas no Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) Esperança, que será fechado no dia 16 de maio, visitou nesta quarta-feira (7), o novo local de acolhimento com 58 moradias temporárias, no bairro Estância Velha, em Canoas.
Foto: Paulo Pires/GES
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Com a desmobilização do CHA, instalado no Centro Olímpico Municipal, os remanescentes da enchente de maio passado serão realocados para o espaço localizado na Rua Dona Castorina ou serão contemplados com o aluguel social, de R$ 1 mil, pago pela Prefeitura.
“Temos 113 famílias no CHA Esperança. A previsão é que 58 sejam destinadas para as casas temporárias no Estância Velha e as demais para o aluguel social. Ainda há possibilidade de algumas famílias retornarem para suas residências originais, aprovadas pela Defesa Civil, ou seja, que foram consideradas habitáveis”, explica o secretário municipal de Habitação e Regularização Fundiária, Fabiano Siqueira.
As 58 casas provisórias foram construídas pelo programa A Casa é Sua, da Secretaria Estadual de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab). Cada residência possui 27 metros quadrados.
“Foi uma parceria. As casas foram construídas e mobiliadas com recursos do Estado e a Prefeitura de Canoas cedeu o terreno e vai custear a água, a energia elétrica e demais demandas estruturais. A previsão é que as famílias fiquem entre seis e 12 meses. É o tempo até as residências definitivas serem finalizadas. Todas as famílias estão cadastradas”, enfatiza Siqueira.
Os abrigados do CHA Esperança serão transferidos entre os dias 15 e 16 maio. As casas temporárias contam com geladeira, fogão, pia, sofá, cama, balcão e armário. “A mobília será um presente, as famílias poderão levar quando forem embora.”
Nova estrutura
Juliana da Silva, 37 anos, e a amiga Maria Vidal de Negreiros, 56, foram conhecer as instalações das casas provisórias.
“Meus cinco filhos e eu perdemos tudo. Desde a enchente, já passamos por quatro abrigos. Espero não precisar ficar mais um ano provisoriamente. Estou na fila para receber uma moradia definitiva”, desabafa Juliana.
Para o casal Otilia Pacheco, 62, e Edson Luís da Silva, 52, as casas provisórias serão uma mudança positiva.
“Estamos há quase um ano no CHA. Para nós, a privacidade vai aumentar. Vou ter o meu próprio fogão para cozinhar”, frisa a aposentada.