Cientista britânico revela 4 alimentos surpreendentes que ajudam na dieta

Alimentar-se bem não é sinônimo de seguir regras rígidas, mas sim de cultivar um ecossistema intestinal saudável – iStock/Goran13

Enquanto dietas restritivas e fórmulas prontas ainda dominam o imaginário coletivo sobre o que é se alimentar de forma saudável, novas pesquisas científicas apontam para uma direção diferente — e surpreendente.

De acordo com o professor Tim Spector, do King’s College London, a manutenção da saúde e do peso ideal está menos ligada à rigidez de um cardápio fixo e mais à diversidade alimentar que favorece o microbioma intestinal.

Spector, que é referência no estudo da nutrição e dos microrganismos presentes no corpo humano, destaca que nosso intestino abriga trilhões de bactérias que desempenham papéis essenciais no metabolismo. Elas influenciam desde a digestão e o apetite até o acúmulo de gordura.

Para que esse sistema funcione de forma equilibrada, o pesquisador defende a adoção de uma dieta variada e rica em fibras, contrariando a lógica de planos alimentares altamente restritivos. “Os alimentos que consumimos impactam diretamente a composição e o funcionamento das bactérias boas no intestino. E isso afeta todo o nosso organismo”, explica o professor.

Entre os principais vilões do equilíbrio intestinal, Spector destaca os alimentos ultraprocessados e com alto teor de açúcar, que prejudicam a diversidade e a eficácia da microbiota.

Em contrapartida, ele aponta alguns alimentos que podem ser grandes aliados da saúde intestinal — e, por consequência, da saúde geral.

Grãos e sementes, alimentos ricos em fibras, são fontes de nutrientes essenciais como fibras, proteínas, gorduras saudáveis e antioxidantes -monticelllo/istock

Confira os principais:

Derivados do leite: Quando bem tolerados, produtos lácteos podem contribuir para a saúde cardiovascular, segundo o especialista.

Grãos e sementes: Agem como verdadeiros fertilizantes naturais das bactérias benéficas, promovendo um ambiente propício para sua multiplicação.

Vinho: Se consumido com moderação, pode trazer benefícios ao coração e até auxiliar no controle do peso. Algumas pesquisas sugerem efeitos positivos também no combate ao diabetes tipo 2.

Cacau: Rico em compostos bioativos como epicatequina e flavonoides, auxilia na prevenção de doenças e no fortalecimento do sistema imunológico.

A mensagem do especialista britânico é clara: alimentar-se bem não é sinônimo de seguir regras rígidas, mas sim de cultivar um ecossistema intestinal saudável por meio da variedade e da qualidade dos alimentos. Uma abordagem que resgata a complexidade do corpo humano e propõe um novo olhar sobre o que, afinal, significa comer de forma equilibrada.

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