Após adiamento na semana passada, os vereadores de Novo Hamburgo aprovaram nesta segunda-feira (5), em primeira votação, um projeto de resolução que antecipa o horário das sessões ordinárias das segundas-feiras. A proposta altera o início das reuniões de 18h para 14h, igualando ao horário das sessões realizadas às quartas-feiras. O texto volta pra segunda votação na quarta (7).
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Foto: Joceline Silveira/GES-Especial
O texto foi aprovado por 10 votos favoráveis e 4 contrários. A decisão gerou protestos de parte do público presente, que lotou o plenário. Houve gritos de “retira”, vaias e manifestações simbólicas como pessoas virando as costas para os parlamentares. A proposta ainda passará por segunda votação na próxima quarta-feira (7).
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Proposta divide plenário e mobiliza população
O vereador Juliano Souto (PL), que representou os dez autores do projeto, defendeu a mudança como uma medida legítima. “A democracia é assim: temos o direito de votar a favor ou contra. Fizemos estudos e tomamos essa decisão com responsabilidade”, afirmou. “Estamos atravessando inúmeras situações difíceis mas estamos buscando soluções e podem ter certeza que vamos continuar nessa luta”, concluiu.
Na oposição, vereadores criticaram a proposta por considerá-la excludente. Joelson de Araújo (Republicanos), um dos quatro votos contrários, lamentou o resultado da votação. “Essa decisão afasta a população da Casa Legislativa. Quem perdeu hoje foi a população de Novo Hamburgo”, declarou. Ele também manifestou repúdio à aprovação do projeto.
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Enio Brizola (PT) ressaltou a importância do horário noturno para a participação popular. “Aqui se decide o valor do IPTU, da água, o futuro da cidade. Há 10 anos conquistamos esse horário. Não podemos retroceder. É um dia triste na história deste parlamento”, afirmou.
A vereadora Daia Hanich( MDB) também foi contra. “Sessões à tarde afastam a comunidade. A maioria das pessoas trabalha ou estuda nesse horário. Precisamos garantir que a população se sinta parte e representada”, disse.
Professora Luciana Martins (PT) reforçou que a mudança vai além de uma decisão administrativa. “Ao antecipar o horário, estamos excluindo a população das decisões mais importantes. Sessões às 14h não garantem transparência, fazem o oposto do que orienta o Tribunal de Contas”, afirmou.
Quem votou a favor?
* Cristiano Coller (PP), presidente
* Deza Guerreiro (PP)
* Eliton Ávila (Podemos)
* Felipe Kuhn Braun (PSDB)
* Giovani Caju (PP)
* Ico Heming (Podemos)
* Ito Luciano (Podemos)
* Juliano Souto (PL)
* Nor Boeno (MDB)
* Ricardo Ica Ritter (MDB)
