A sinergia operacional entre logística, lojas e clientes

Nem bem começa o dia e ainda de madrugada caminhões carregados de mercadorias e produtos diversos cruzam as rodovias para alcançar as lojas e fazer as entregas combinadas.

São mercadorias enviadas por produtores ou atacadistas de hortaliças, fornecedores que produzem a partir de parques industriais complexos, muitas vezes distantes e que tiveram encomendas do setor Comercial, com base em históricos de vendas e promoções. 

E assim chegam às lojas os fornecedores, transportadores ou caminhões próprios vindos do Centro de Distribuição, trazendo reposição de estoques e novidades a partir de um sincronismo espetacular, que faz tudo acontecer como foi planejado pelo setor de Abastecimento e Comercial, que inclui a própria loja em muitas redes, tudo com base em vendas, sejam elas empíricas ou apostas em promoções. 

Como os horários previstos para entrega estão sujeitos aos percalços do trecho, tais como congestionamentos, avarias, entre outros, o cenário exige sempre (e tem) uma resposta rápida das áreas de logística e da loja, envolvendo fornecedores, transportadores, fazendo tudo dar certo, ou quase tudo.

Na verdade, uma operação logística para supermercados, confunde-se com a própria razão de existir do mesmo, que é viabilizar de modo econômico e confortável, o acesso dos shoppers e consumidores aos produtos da indústria. E a loja tem um papel fundamental, porque a logística não para no abastecimento, pois este precisa ser devidamente armazenado, seja na retaguarda (depósito), depois ser colocado na gôndola de acordo com o Planograma da Categoria, onde fica acessível para o cliente. 

Ainda dentro da loja, ocorrem frenéticas operações logísticas, que são a reposição dos produtos na gôndola, quase sempre realizada por funcionários próprios ou promotores de venda cedidos pela indústria, e os clientes, que fazem a coleta e/ou transporte dos produtos que compram, lembrando que somos autosserviço na maioria das categorias.

E não acaba ainda a operação logística de varejo… segue até a Última Milha, num processo dramático de entregas pontuais com imensa capilaridade de pontos, e clientes nervosos aguardando suas compras, de acordo com o pedido feito, ou as compras feitas na loja.

Compras entregues pontualmente, clientes satisfeitos. Fim do filme? De modo algum. Toda esta operação de abastecimento gera um importante fluxo de retorno, que chamamos de Logística Reversa. Agora, invertem-se os papéis e a loja passa a ser fornecedor de pallets, racks, chapatex, vasilhames e outros insumos e utilidades que retornam ao CD central ou mesmo aos fornecedores. Tudo sincronizado, numa operação que deve ser feita no mesmo dia, se possível, mas com a mesma acuracidade inicial.

Então quando o cliente sai da loja com suas compras ou as recebe em casa, cumpre-se um rigoroso ritual de atendimento, que na verdade inclui agora ele próprio que no seu ambiente de convivência, deve guardar adequadamente as mercadorias e fazer a correta disposição das embalagens e sobras, contribuindo para a sua saúde e do planeta

José Roberto Sampaio
Gerente de Logística – Giassi Supermercados

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