Foi aberta a contagem regressiva para a inauguração oficial do primeiro parque temático de luzes de Gramado – O Lumni Experience. O empreendimento, localizado na Linha Tapera, no interior do município, abrirá ao público no dia 7 de junho deste ano.
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Foto: Lumni Experience/Divulgação
O parque ao ar livre exclusivamente noturno promete uma experiência sensorial para que os visitantes se conectem com a natureza. Tendo como conceito a criação do mundo, o convite é para que as pessoas relembrem os bons momentos e aproveitem a vida. O sorriso, o abraço e a gratidão são essenciais para viver a jornada no local.
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Os ingressos estão sendo vendidos pelo site lumnigramado.com.br e custam R$ 99 para adultos, com opção de meia-entrada por R$ 49. O atrativo abrirá diariamente nos primeiros meses de funcionamento, das 18 horas até meia-noite.
A área do parque conta com 11 hectares, sendo que cinco são ocupados. Além das atrações nos jardins externos, o público terá opções de gastronomia com empresas parceiras para a operação, com trattoria, chocolateria, hamburgueria e wine garden. As experiências prometem ser diferentes como, por exemplo, uma degustação às cegas.
História do parque temático
Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL
O empreendimento conta com quatro sócios, entre eles os pernambucanos Wagner Rocha e Lucas Buarque, que são amigos de infância.
Wagner esteve em Gramado pela primeira em 2003. Na ocasião, apaixonou-se pela cidade e percebeu que havia possibilidade de criar algo diferente – um parque noturno. “Queria algo que mexesse com os sentidos, mas, sobretudo, que falasse sobre afeto, emoções, transformações. Que é muito bom estar com a família, celebrar momentos”, descreve.
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Depois de dois anos de pesquisa de mercado, em 2020, eles começaram a colocar a ideia em prática. Wagner brinca que não foram eles que escolheram a área do empreendimento, mas sim que foram escolhidos. Isso porque, inicialmente, o atrativo temático ficaria após o pedágio em direção a Nova Petrópolis. “Nos disseram que não era uma boa escolha e esse terreno apareceu para a gente”, cita.
O local era utilizado para a criação de cavalos e foi remodelado para receber o parque de luzes.
Adequação à legislação municipal
Foto: Lumni Experience/Divulgação
O parque tinha previsão de inauguração em dezembro de 2022. Contudo, precisou se adequar às legislações municipais, fazendo um projeto de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e nova estação de tratamento de esgoto. Na época, o Plano Diretor não permitia a construção de parques temáticos no local. Por isso, as licenças de operação não foram concedidas.
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“Foram dois anos para se adequar ao Plano Diretor e às exigências da prefeitura”, reforça Lucas, ressaltando as dificuldades em manter a estrutura pelo período. “Ficamos fazendo as manutenções, mas perdemos muita coisa. Teve a chuva aqui no Sul no ano passado e fomos afetados. Tivemos bastante prejuízo”, complementa.
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Wagner garante que, após a notificação do Executivo gramadense, recebeu propostas de outras cidades para levar o negócio. “Mas as coisas têm um propósito e decidimos seguir as nossas crenças, seguir em Gramado e entrar pela porta da frente”, ressalta o empresário, que também é professor de instituto de tecnologia.
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Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL
A expectativa dos empreendedores é que o negócio gere cerca de 100 empregos diretos e indiretos. O Lumni Experience possui capacidade para atender até 2 mil pessoas por dia, mas iniciará a operação limitando o acesso a até 500.
Responsabilidade social
Lucas é militar, mas está atualmente no ramo da construção civil. Ele explica que o material utilizado para iluminar o parque é importado. “As luzes têm tecnologia de transmissão por fibra óptica, não é uma luz comum. É como se um LED de 30 watts estivesse dividido em 250”, aponta.
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“Temos milhares de luzes e elas equivalem a um chuveiro elétrico ligado. Fizemos muitos estudos de fauna, controle de ruído e de qualidade do ar, temos uma grande responsabilidade com o arroio. É nosso dever estar aqui realmente para somar em vários aspectos, seja social, econômico ou ambiental. É o objetivo da gente”, complementa Wagner.
Foto: Mônica Pereira/GES-ESPECIAL
Os sócios dizem que escolheram o vaga-lume como mascote do empreendimento por causa desse cunho ambiental, já que a espécie é afetada pela luz artificial intensa. “Temos um impacto ambiental praticamente zero”, atesta Wagner.
Os empresários ressaltam, ainda, que o orçamento do empreendimento será participativo, com parte da renda sendo destinada para a Liga de Combate ao Câncer de Gramado e também para que os moradores da Linha Tapera possam investir em necessidades da comunidade.