Silveira adia entrada em vigor de acordo que beneficia usinas da J&F; governo aguarda TCU

Ministro de Minas e Energia diz que, se TCU não analisar acordo até 31 de outubro, pode antecipar a vigência para acionar as termelétricas dos irmãos Batista. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, adiou novamente a entrada em vigor de um acordo que beneficia usinas termelétricas da Âmbar Energia, do grupo J&F –companhia dos irmãos Wesley e Joesley Batista. O g1 teve acesso ao ofício que notifica o adiamento.
O acordo já assinado entre a pasta e a Âmbar Energia entraria em vigência em julho, quando foi adiado por 45 dias para que o Tribunal de Contas da União (TCU) analisasse os termos.
Por falta de resposta, Silveira decidiu adiar o acordo novamente, com entrada em vigor em 31 de outubro.
Contudo, caso o TCU não examine o assunto até 31 de outubro, o ministro alerta que pode antecipar a vigência do acordo para que as usinas termelétricas comecem a gerar energia.
“Assim, informo que, caso este E. Tribunal venha a analisar os termos do acordo antes de 31/10/2024, reavaliarei a possibilidade de antecipação da vigência do acordo, com o fim de atender eventual necessidade do sistema”, diz o ofício ao qual o g1 teve acesso.
Isso porque “vislumbra-se, do ponto de vista de potência, um cenário hídrico desafiador para o sistema elétrico brasileiro nos próximos meses”.
Por causa da seca na região Norte, importantes usinas hidrelétricas estão gerando menos energia. Dessa forma, para atendimento aos horários com mais consumo, no início da noite, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) precisa acionar termelétricas.
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