Afonso Borges, idealizador do Fliparacatu, lança livro de contos e poemas


“Tardes Brancas” é uma publicação da Editora Autêntica e tem prefácio escrito por Humberto Werneck Afonso Borges, idealizador e curador do Festival Literário Internacional de Paracatu, prepara-se para lançar seu livro “Tardes brancas”, publicado pela editora Autêntica. A coletânea, que reúne 26 contos e cinco poemas, é uma reedição de seu livro “Olhos de carvão”, publicado originalmente em 2017 e que marcou sua estreia na ficção para adultos. Agora, os textos ganham novos tratamentos – “lapidados e relapidados”, como conta o autor a Humberto Werneck, que assina o prefácio.
Afonso Borges durante a edição de estreia do Fliparacatu, em 2023
Ranch Films
Frequentemente ligados a temas cotidianos, com referências a personagens literárias, como Bartolomeu Campos de Queirós; e locais clássicos de Belo Horizonte, como o já extinto Pelicano, então ponto de encontro de intelectuais da cidade, os contos de Afonso Borges relevam equilíbrio entre o real e o poético, representando a complexidade da vida cotidiana.
“Tardes brancas” será lançado primeiro durante o 2.º Fliparacatu, com sessões de autógrafos diárias, das 19h às 19h30 – exceto na abertura do evento, em 28 de agosto, quando a sessão de autógrafos acontece das 21h às 21h30. Você pode conferir a programação completa das sessões de autógrafos no site do Festival.
Capa do livro “Tardes Brancas”
Editora Autêntica/ Divulgação
Em seguida, Afonso Borges leva seu “Tardes brancas” para Lisboa. Lá, o autor faz um lançamento com sessão de autógrafos na Livraria da Travessa, em 9 de setembro, às 19h.
Leia, a seguir, comentários feitos por importantes nomes da literatura brasileira à obra “Tardes brancas”:
Sérgio Abranches
Era natural que Afonso Borges, colecionador de amigos escritores e livros, entrasse para a confraria dos contos. Afonso vive na literatura. Coleciona escritores e livros e transforma, ambos, em amigos íntimos. Era apenas natural que ele escrevesse e que, na escrita, fosse breve como suas frases, mas com a densidade de sua vivência literária. Tem linguagem própria, autêntica, inclusive nas referências a outros autores. Os contos começam cotidianos, mas não terminam cotidianamente. Como em todo bom conto, irrompe ora o inesperado, ora o apenas insinuado, um toque de mistério ou uma pitada de absurdo. Não raro o puro absurdo do cotidiano de nossos tempos. Afonso Borges é da linhagem dos contistas econômicos nas palavras. Autor de contos curtos e densos, que começam pequenos e terminam metafísicos.
Ruy Castro
De onde Afonso Borges tirou estas histórias? Em que camadas invisíveis da realidade, secretas quartas dimensões, ou sei lá o quê, elas se escondiam? Seja como for, só ele poderia contá-las. Só ele tem a chave desse universo paralelo.
Frei Betto
São textos curtos, incisivos, surpreendentes e, de alguma forma, entrelaçados, assim como a vida de todos nós. Com precisão quase cirúrgica, Afonso nos permite enxergar o mundo pelo espelho inquietador da arte.
Carla Madeira
Em “Tardes brancas” não há gordura, é corte seco. Alfaiataria. Ritmo de quem conhece música, alfabeto de quem tem intimidade com a literatura. E imaginação.
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