Moradora de Dois Irmãos, no Vale do Sinos, Vitória Fernandes foi à Itália para acompanhar a canonização do beato Carlo Acutis, prevista inicialmente para o dia 27 de abril. O objetivo era fazer a transmissão do evento, além de gravar conteúdos sobre o italiano que está prestes a se tornar santo.
Foto: Arquivo Pessoal
No entanto, ao chegar na Igreja de São Damião, em Assis (Itália), um e-mail do Vaticano mudou tudo. “O texto estava em italiano, mas consegui entender que o papa tinha morrido. Parecia que tudo ficou em câmera lenta”, conta. Vitória diz que conseguiu falar poucas palavras. “O papa morreu, foi o que falei.”
A partir daquele momento, veio o anúncio do adiamento da canonização, sem data definida, e a mudança de planos. A cobertura será da morte do papa Francisco e dos atos fúnebres programados para os próximos dias.
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“Todos ficaram paralisados. Foi muito chocante para nós receber essa notícia porque nós tínhamos visto o papa no dia anterior, na Missa no domingo de Páscoa”, explica a gaúcha.
Além de presenciar a celebração, Vitória também pôde ver o pontífice de perto. “Ao final da missa, ele deu uma volta na Praça São Pedro com o Papamóvel e nós estávamos na fila para vê-lo. Foi muito emocionante presenciar esse momento.”
Volta para Roma
Após a passagem por Assis, Vitória, que está acompanhada de outras quatro pessoas da editora Minha Biblioteca Católica, sediada em Dois Irmãos, resolveu voltar para Roma.
“Em meio a tantos católicos no mundo, tivemos a graça de estar ali, no domingo de Páscoa, e presenciar a última a bênção oficial do papa com nossos próprios olhos. Por isso, decidimos voltar e ir para Roma para fazer a cobertura do falecimento dele.”
Ao retornar para a capital italiana, Vitória e os colegas foram direto para o Vaticano. “Algumas pessoas foram para a missa em sufrágio na Arquibasílica de São João de Latrão.” A gaúcha compartilhou o que viu. “Os fiéis estão em silêncio respeitoso. É uma dor vivida em comunhão com toda a Igreja.”
Permanência no Vaticano
Ainda na Praça São Pedro, Vitória afirma que a quantidade de grupos de jovens, famílias e crenças reunidas a deixaram impactada. “Teve muitas cenas marcantes, como a de um menino que estava na nossa frente, de uns 8 anos, que rezou o terço inteiro de joelhos.”
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Ela reitera que vai permanecer no Vaticano para acompanhar os atos fúnebres, mas não estará presente no conclave. “Retornamos ao Brasil no dia 30 de abril, o conclave [que escolhe o sucesso de Francisco] inicia, pelo menos, 14 dias após a morte do papa”, completa.