A Starlink direto no celular já é realidade no Japão, marcando um avanço significativo na forma como a conectividade via satélite pode ser integrada ao cotidiano das pessoas. Para isso, conta com uma parceria inovadora entre a operadora japonesa AU, do grupo KDDI, e a SpaceX.
Ou seja, essa nova fase de comunicação promete resolver problemas históricos de cobertura em regiões remotas e montanhosas do país. Dessa maneira, o serviço já está ativo e representa um grande passo não apenas para a tecnologia móvel, mas também para a acessibilidade digital.
Assim, neste artigo, iremos entender o contexto da Starlink no Japão e também explicar se o serviço direto no celular pode chegar a outros países. Em conjunto a isso, discutiremos se essa novidade pode aumentar a popularidade da empresa no país, bem como refletiremos sobre o que essa realidade demonstra sobre a marca. Finalmente, iremos pensar se outros negócios podem se inspirar na empresa de Elon Musk.
Entenda o contexto da Starlink no Japão
Na última quinta-feira, 10 de abril de 2025, a operadora AU, uma das maiores do Japão e pertencente ao conglomerado KDDI, lançou oficialmente o serviço comercial da Starlink direto no celular.
Essa iniciativa inédita no país asiático posiciona o Japão como pioneiro na adoção de tecnologias que viabilizam a conectividade por satélite diretamente em smartphones convencionais. Tais recursos funcionam sem a necessidade de antenas adicionais ou equipamentos especiais.
De acordo com a AU, o serviço está disponível inicialmente para 50 modelos de dispositivos, incluindo diversos modelos da linha iPhone e também smartphones com sistema operacional Android. Em comunicado oficial, a empresa afirmou que o serviço está sendo ofertado gratuitamente para seus usuários durante a fase de testes. Tal postura é um modo de incentivar o uso e obter feedback para melhorias futuras.
O serviço batizado de “AU Starlink Direct” não exigirá qualquer tipo de inscrição ou configuração adicional. Sendo assim, os clientes elegíveis simplesmente terão acesso à funcionalidade nos seus dispositivos compatíveis.
No entanto, a gratuidade não será permanente. Em outras palavras, a AU planeja comercializar o serviço no futuro, baseando-se na experiência dos usuários durante o período de testes para definir os próximos passos.
Comunicação em áreas sem sinal
O principal objetivo da Starlink direto no celular, neste momento, não é oferecer navegação completa pela internet. Na realidade, ela quer possibilitar comunicação essencial em locais onde as redes móveis convencionais não chegam. Isso inclui enviar mensagens de texto para familiares, compartilhar localização e receber alertas de emergência, como terremotos, muito comuns no Japão.
Uma funcionalidade adicional interessante é a integração com assistentes virtuais. Devido a isso, os usuários com Android poderão enviar perguntas via texto ao Gemini, o assistente de IA do Google, para obter respostas ou orientações básicas. Isso adiciona uma camada de utilidade prática, mesmo em áreas sem cobertura terrestre.
Por que a cobertura tradicional é limitada?
Apesar de a AU afirmar que cobre 99% da população japonesa com sua rede tradicional, a cobertura territorial é de apenas 60%. Essa diferença é explicada pela geografia peculiar do país.
O Japão é formado por um arquipélago de mais de 14 mil ilhas, das quais cerca de 400 são habitadas. Além disso, mais de 70% do território japonês é composto por áreas montanhosas. Nesse sentido, é algo que dificulta a instalação de torres de celular e compromete a qualidade do sinal em regiões elevadas ou de difícil acesso.
Com o novo serviço da Starlink, essas limitações são minimizadas. Ao utilizar satélites em órbita baixa, a tecnologia permite que as conexões sejam realizadas mesmo nos locais mais inóspitos do território japonês. Isso garante que as pessoas possam manter contato com o mundo exterior em situações emergenciais.
A Starlink direto no celular pode chegar a outros países?
Esse novo serviço da Starlink no Japão só foi possível graças ao lançamento, no final de 2024, da primeira frota de satélites equipados com a tecnologia “Direct to Cell”. Ou seja, diferente dos satélites Starlink originais, voltados para fornecer internet em residências via antenas receptoras, projetou-se essa nova geração especificamente para se comunicar de forma direta com os chips dos smartphones convencionais.
A ideia é expandir gradativamente essa rede. Dessa forma, a empresa aumentará a capacidade dos satélites para que, no futuro, os usuários possam realizar chamadas de voz, acessar a internet móvel e até mesmo usar aplicativos de maneira completa por meio da conectividade via satélite.
Casos internacionais
Antes mesmo do lançamento japonês, a One NZ, operadora da Nova Zelândia, foi a primeira do mundo a oferecer conectividade nacional com base na tecnologia da Starlink.
Esse lançamento ocorreu no fim de 2024 e serviu como um teste global para verificar a estabilidade e eficiência do sistema. Já em fevereiro de 2025, a T-Mobile anunciou uma parceria semelhante nos Estados Unidos, sinalizando que o serviço deve ser implementado em fases em diversos mercados.
Logo, a intenção da SpaceX é, claramente, transformar sua rede de satélites em uma alternativa viável, e eventualmente complementar, às redes móveis terrestres, principalmente em áreas de baixa densidade populacional.
Expectativas de expansão
Com a validação no Japão, que tem uma das infraestruturas de telecomunicação mais avançadas do mundo, é natural que outros países com desafios de cobertura, como por exemplo Brasil, Indonésia, Canadá e regiões remotas da África, estejam de olho nessa tecnologia. O sucesso japonês poderá servir de modelo para negociações com outras operadoras globais interessadas em levar a Starlink direto ao celular dos seus clientes.
Essa novidade pode aumentar a popularidade da Starlink no Japão?
A Starlink já era conhecida no Japão por oferecer serviços de internet via satélite em áreas rurais e ilhas isoladas. No entanto, o lançamento do serviço direto no celular abre um novo leque de possibilidades e amplia consideravelmente a base de usuários em potencial.
Com a promessa de manter as pessoas conectadas em qualquer lugar, inclusive durante desastres naturais, algo frequente no Japão, a Starlink se posiciona como uma tecnologia vital, e não apenas uma comodidade. Isso tende a aumentar sua popularidade, especialmente entre pessoas que vivem ou trabalham em áreas remotas.
Vantagem em tempos de crise
A população japonesa valoriza muito a segurança e a preparação para emergências. Ter um canal confiável de comunicação em áreas afetadas por terremotos, tsunamis e deslizamentos pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Por isso, o novo serviço tem tudo para ser bem recebido pela sociedade e pode até se tornar parte dos protocolos de segurança pública no futuro.

O que essa realidade demonstra sobre a Starlink?
Evolução tecnológica e visão de longo prazo
O fato de que a Starlink já está fornecendo serviço direto ao celular no Japão revela o quão avançada é a visão da empresa de Elon Musk. Ao invés de competir apenas com operadoras de internet fixa ou móvel, a companhia está criando uma nova categoria de conectividade, que elimina a necessidade de torres e infraestrutura local.
Em conjunto a isso, a adoção bem-sucedida dessa tecnologia em um mercado exigente como o japonês reforça a capacidade da Starlink de entregar soluções robustas, confiáveis e que se adaptam às necessidades específicas de cada país.
Integração com outras tecnologias
Outro aspecto interessante é a integração com assistentes de Inteligência Artificial e sistemas de alerta. Desse modo, a Starlink não está apenas conectando celulares a satélites.
Paralelamente, ela está criando uma rede inteligente, capaz de suportar serviços com base em IA, monitoramento climático, localização e muito mais. Essa integração mostra que a empresa não está apenas pensando em conectar o mundo, mas em transformar a maneira como vivemos e interagimos com o ambiente digital.
Outras empresas podem se inspirar na Starlink?
A ousadia da Starlink tende a estimular a concorrência no setor. Empresas como Amazon (com o Projeto Kuiper), AST SpaceMobile e Lynk Global já estão trabalhando em tecnologias semelhantes.
No entanto, a diferença é que, até agora, a Starlink saiu na frente em termos de lançamento e funcionalidade real. Ou seja, a movimentação da Starlink obriga outras empresas a acelerarem seus projetos. Isso resulta em maior inovação tecnológica e mais opções para os consumidores no futuro.
Parcerias locais como modelo de sucesso
Outro ponto que pode servir de inspiração é a forma como a Starlink estabeleceu parcerias com operadoras locais. Em vez de tentar substituir as empresas nacionais de telecomunicação, ela busca complementar suas ofertas. Tal modelo de colaboração, em vez de concorrência direta, pode ser o caminho mais eficiente para viabilizar o serviço globalmente.
Em última análise, a Starlink direto no celular já é realidade no Japão e representa um divisor de águas na história da comunicação móvel. Com foco em conectividade em áreas remotas, suporte emergencial e integração com tecnologias de IA, a iniciativa da operadora AU em parceria com a SpaceX antecipa um futuro em que a comunicação por satélite será tão comum quanto o uso do Wi-Fi nas grandes cidades.
Logo, quer saber mais sobre as possibilidades da empresa no seu país? Fique atento às novidades e prepare-se para um novo padrão de conectividade com a Starlink.
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