Diagnosticada com esclerose múltipla, a modelo Carol Ribeiro, de 43 anos, conversou com a reportagem do programa Fantástico sobre a doença que afeta o sistema nervoso central. Segundo ela, foram meses de sintomas confusos e persistentes até a chegada do diagnóstico. “Era o corpo avisando, mas eu empurrava”, lembrou.
Os primeiros sinais foram falhas ao caminhar, confusão mental ao falar, calores repentinos e um cansaço extremo. Ela chegou a ficar 17 dias sem conseguir dormir.
Carol, no entanto, acreditava que os sintomas eram fruto do estresse ou alterações hormonais e seguia sem buscar ajuda médica.
- ‘Meu corpo avisava, mas eu empurrava’, diz Carol Ribeiro sobre esclerose múltipla
- Cheiro estranho no ar? Talvez o culpado esteja no seu prato – e não no seu desodorante
- Estudo descobre o tempo sozinho necessário para realmente sentir solidão
- Os 10 resorts all inclusive mais bem avaliados do Brasil em 2025
Ela chegou a tomar suplementos por conta própria e recebeu diagnósticos variados, desde falta de ferro até problemas na tireoide. Somente após conversar com uma amiga médica que suspeitou de algo mais sério, Carol procurou um neurologista. O exame de ressonância magnética confirmou a esclerose múltipla.

O que é esclerose múltipla?
A esclerose múltipla é uma doença autoimune que faz com que o sistema imunológico ataque a bainha de mielina, que reveste os neurônios. Isso compromete a comunicação entre o cérebro e o resto do corpo. Os sintomas variam de acordo com as áreas do cérebro afetadas, e podem incluir:
- Dormência ou formigamento
- Perda de visão
- Fadiga intensa
- Alterações motoras
- Falhas na coordenação e no equilíbrio
A doença afeta mais mulheres, com início comum entre os 20 e 40 anos. Em homens, costuma ser mais agressiva.
Diagnóstico precoce é fundamental
Carol lembrou que já havia tido um sinal em 2015, quando perdeu temporariamente os movimentos do braço esquerdo. Na época, ignorou o sintoma por ter passado rapidamente. “Se eu tivesse investigado antes, talvez o diagnóstico viesse mais cedo”, refletiu.
O diagnóstico precoce da esclerose múltipla (EM) é fundamental para garantir melhor controle da doença, reduzir a progressão dos sintomas e preservar a qualidade de vida. Quanto mais cedo a condição é identificada e tratada, maiores são as chances de evitar danos permanentes ao sistema nervoso.
Além disso, ter o diagnóstico fechado evita tratamentos desnecessários. Como os sintomas da esclerose múltipla podem ser confundidos com outras condições, o diagnóstico correto evita tratamentos errados e atrasos no início da terapia adequada.
Tratamento gratuito pelo SUS
A boa notícia é que o tratamento para esclerose múltipla está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com medicamentos que controlam a progressão da doença e ajudam a evitar novas lesões cerebrais. Há centros de referência em quase todos os estados brasileiros.