Além de ser o planeta do Sistema Solar com o maior número de satélites naturais, a maior lua de Saturno também pode abrigar vida extraterrestre.
Titã, a segunda maior lua do Sistema Solar e a única com atmosfera densa, é um dos corpos celestes mais similares à Terra, com rios, lagos, dunas e oceanos. Por isso, cientistas se interessam por desvendar os mistérios de Titã, já que a lua pode ter os ingredientes necessários para a formação de vida.
Em um estudo publicado na última segunda-feira (7), cientistas das universidades do Arizona e de Harvard tentaram descobrir a quantidade de energia que uma possível vida extraterrestre conseguiria extrair da lua de Saturno.
Os cientistas descobriram que um oceano no subsolo da Titã pode suportar vida com o peso de um cachorro pequeno, ou 10 quilos.
Chance de vida extraterrestre em lua de Saturno está a 200 km abaixo da superfície
Os oceanos na superfície de Titã são formados por metano e etano líquidos. Já o oceano no subsolo, que fica a cerca de 200 quilômetros abaixo do gelo e com quase 480 quilômetros de profundidade, pode ter água.
A descoberta se deu pelo método de simulação de modelagem bioenergética, que calcula a quantidade de energia necessária para manter criaturas vivas com a quantidade disponível de comida.
Os cientistas detalham que o modelo se baseou na fermentação devido à simplicidade metabólica do processo na Terra, que depende apenas de matéria orgânica.
Em Titã, não há oxigênio atmosférico, logo a fermentação seria a melhor escolha para formação de vida extraterrestre na lua de Saturno.
Além disso, ingredientes similares (encontrados em asteroides) fizeram parte do modelo, que simulou como micróbios poderiam sobreviver com esses ingredientes como alimentos.
“O inventário orgânico excepcionalmente rico de Titan não significa que a lua seja habitável no sentido intuitivo de ‘habitabilidade’”, afirmou Antonin Affholder, coautor do estudo.
Mesmo assim, a possibilidade de vida extraterrestre na maior lua de Saturno despertou o interesse da NASA, que gastou US$ 3,35 bilhões na missão Dragonfly. A estimativa é que o robô similar a um helicóptero visite Titã na próxima década.
Dragonfly, que significa “libélula” em inglês, tem um nome descolado: “o Drone das Dunas”, devido aos testes do robô no deserto do Arizona em 2022. Veja:
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