Professores e diretores das escolas inscritas na 33ª edição das Competições Escolares Canoenses (Ceca) participaram de duas palestras e do congresso técnico do evento, promovido pela Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SMEL), nesta sexta-feira (11). A reunião, que marca a abertura oficial das competições, aconteceu no auditório do Colégio Maria Auxiliadora, no Centro.
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Foto: Nicole Goulart/Especial
Os participantes aprenderam um pouco mais sobre questões envolvendo a arbitragem com o professor e árbitro de handebol José Rogério Vidal que trouxe sua experiência para conversar com o público. Além de fazer provocações, também levantou reflexões sobre a figura do árbitro em competições escolares.
“O árbitro é uma figura esquecida. Normalmente é o último a ser lembrado e buscam a equipe mais barata. A consequência é que todo o planejamento e a proposta de uma competição pode ser perdida, comprometido. É fundamental que o árbitro tenha consciência disso. Professores e gestores também porque é um profissional responsável pelo bom andamento da disputa”, afirma.
Para Vidal, o árbitro é um mediador de conflitos que faz a gestão dos jogos, uma situação complexa que envolve vários atores, desde os atletas até os diretores. “Tem que ter responsabilidade. Entender o seu papel no desenvolvimento do esporte escolar e ser um educador dentro de quadra”, ressalta.
Em razão do impacto que a atuação do árbitro tem na qualidade dos jogos, o professor sugeriu a criação de uma escola de arbitragem na cidade, por meio da administração municipal. “Não adianta ter todo o carinho e preparação com os atletas e com a competição em si e o árbitro ficar em segundo plano”, frisa. Para o árbitro de handebol, que já apitou jogos do Ceca, o município tem estrutura e interessados em seguir com a ideia adiante.
De olho na ética
As regras da arbitragem são uma das engrenagens que contribuem para o bom desempenho nos jogos. A outra é a ética. Os valores e os princípios do esporte foram debatidos pelo professor no Programa de Pós-Graduação da Ciências da Reabilitação da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Alberto Reinaldo Reppold Filho, o Betão.
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Segundo o professor, qualquer esporte tem um objetivo a ser atingido, como gol ou chegar primeiro. No entanto, precisa ser feito dentro das regras que orientam a prática. “Uma delas é o fairplay, regras não escritas, que contribuem para o andamento justo da disputa. São comportamentos que colocam o valor da vida e do bem-estar acima do jogo”, declara.
A palestra, que acontece dentro da programação do Ceca, não podia deixar de falar de crianças e adolescentes. “No caso dos jovens, está relacionado com a promoção do que é certo. O foco sempre no bem-estar e no interesse da criança. Tem que ser uma experiência segura, inclusiva e formativa”, completa.
Alinhamento
Após as palestras, professores e diretores participaram do congresso técnico para tirar dúvidas e prestar esclarecimentos sobre a competição que vai até novembro. A edição de 2025 começou nesta quinta-feira (10), com o xadrez, também sediado no Colégio Maria Auxiliadora.