Esta é a posição ideal para dormir e proteger o cérebro, revela Stony Brook University

Distúrbios do sono, como insônia ou sono fragmentado, estão intimamente ligados ao avanço de demências – iStock/Andrii Lysenko

Você já parou para pensar que a forma como você se deita à noite pode influenciar diretamente a saúde do seu cérebro? Pois é, não se trata apenas de encontrar o travesseiro perfeito ou o colchão dos sonhos — o segredo pode estar na posição em que você adormece.

Pesquisadores da Stony Brook University, nos EUA, mergulharam de cabeça em uma investigação fascinante publicada no Journal of Neuroscience.

O objetivo? Descobrir como o jeito de dormir afeta o “faxinão” noturno do cérebro. E sim, você leu certo: nosso cérebro faz uma verdadeira limpeza enquanto dormimos.

O cérebro também precisa de um “banho” — e a posição lateral é o chuveiro ideal

O estudo focou no sistema glinfático — uma rede inteligente que age como zeladora do sistema nervoso central. Seu papel é eliminar detritos tóxicos como as proteínas β-amiloide e tau, associadas a doenças como Alzheimer. E adivinha só? Dormir de lado parece turbinar essa limpeza.

Segundo os cientistas, quando nos deitamos de lado (a clássica “posição fetal”), o sistema glinfático opera com mais eficiência do que nas posições de costas (supina) ou de bruços (prona). É como se o cérebro tivesse um encanamento melhor posicionado para drenar as toxinas.

Helene Benveniste, coautora da pesquisa, compara esse processo a uma faxina essencial: enquanto o corpo repousa, o cérebro varre o lixo do dia, reestabelecendo o equilíbrio e preparando tudo para o próximo round.

Alta tecnologia para decifrar a melhor pose do descanso

Para chegar a essas conclusões, a equipe utilizou tecnologia de ponta — imagens por ressonância magnética em alta resolução — para observar como diferentes posturas influenciam na eficiência do sistema glinfático. A posição lateral não só se destacou como mostrou potencial para ser uma arma preventiva contra distúrbios neurológicos.

E aqui vem um alerta importante: distúrbios do sono, como insônia ou sono fragmentado, estão intimamente ligados ao avanço de demências. A incapacidade de “desligar” o cérebro à noite pode acelerar a perda de memória e prejudicar o funcionamento cognitivo.

Sono: o botão de “reiniciar” do seu cérebro

Um outro estudo, desta vez publicado na Nature Neuroscience, sugere que dormir é como apertar o botão de reinicialização do cérebro. Durante o dia, consumimos energia, acumulamos informações e estresse. À noite, o cérebro aproveita esse tempo precioso para limpar, organizar e se renovar.

E aqui está a cereja do bolo: dormir de lado, além de confortável, pode ser uma das estratégias mais naturais e eficazes para proteger seu cérebro ao longo da vida.

Então, da próxima vez que se deitar, pense nisso: talvez o segredo para uma mente afiada e saudável esteja exatamente na forma como você se entrega ao sono.

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