Durante uma exploração na borda da cratera Jezero, em Marte, o rover Perseverance, da NASA, encontrou uma rocha que “surpreendeu” os cientistas, recebendo o apelido de “Baía de St. Paul”. A estranha rocha composta por centenas de esferas escuras, densamente compactadas e do tamanho de milímetros, tem uma aparência semelhante a ovos de um inseto.
O equipamento SuperCam Remote Micro Imager do rover tirou um close-up que mostra os diferentes formatos das esferas. Umas elípticas e outras angulares, algumas com furos nos centros, mas todas diferentes das rochas ao redor, que são leves e planas.
Imagem: NASA/JPL-Caltech / LANL / CNES / IRAP / ASU / Futurism
O Perseverance já encontrou outras rochas diferentes no passado. Porém, no caso de esférulas anteriores, especialistas acreditavam que elas fossem concreções. Ou seja, o resultado do fluxo de água subterrânea através de sedimentos e da deposição de minerais que se aglomeram ao redor de pequenos núcleos de rochas.
Qual a origem da misteriosa rocha de Marte?
No entanto, não se sabe o que formou a Baía de St. Paul. Aliás, ainda é impossível determinar sua origem. Isso porque ela é uma rocha solta que não faz parte do leito rochoso circundante, tendo se originando em outro lugar.
Algumas esférulas, porém, podem ter se formado quando gotículas de rocha derretida expelidas em uma erupção vulcânica esfriaram rapidamente. Além disso, elas também podem se formar por rochas vaporizadas em um impacto de meteorito — já que o bombardeio de rochas espaciais é frequente em Marte –, que se condensam em um ovoide.
De acordo com Alex Jones, pesquisador de Marte no Imperial College London, no Reino Unido, “a equipe agora está trabalhando para vincular a textura rica em esférulas observada em St. Pauls Bay à estratigrafia mais ampla em Witch Hazel Hill”. Em outras palavras, associar as características ao contexto geológico.
“Observações iniciais forneceram indicações tentadoras de que ela poderia estar vinculada a uma das camadas de tons escuros identificadas pela equipe da órbita”, escreveu em um blog da NASA.
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