Quem nunca deixou algo para depois e acabou se arrependendo? A procrastinação é um problema comum e afeta desde pequenas tarefas do dia a dia até compromissos mais importantes. No começo, pode parecer apenas uma questão de organização, mas quando esse hábito se repete, ele gera estresse, frustração e a sensação de que nunca há tempo suficiente para cumprir tudo o que foi planejado.
Seja no trabalho, nos estudos ou até em atividades pessoais, a dificuldade de dar o primeiro passo pode se tornar um verdadeiro bloqueio.
Mas por que isso acontece? E como sair desse ciclo? Muita gente acredita que procrastinar é apenas sinônimo de preguiça, mas, segundo a terapeuta integrativa Daniely Britto, esse hábito está ligado a um mecanismo inconsciente de defesa. “O nosso cérebro busca evitar o desconforto. Quando associamos uma tarefa a algo difícil, cansativo ou estressante, acabamos adiando sem perceber. É uma fuga disfarçada de distração”, explica.
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Por isso, o primeiro passo para mudar é identificar quais sentimentos estão por trás da procrastinação. Medo do fracasso? Perfeccionismo? Sobrecarga? Entender a raiz do problema ajuda a encontrar soluções mais eficazes.
Como driblar a procrastinação?
Uma das estratégias recomendadas pela especialista é dividir tarefas grandes em pequenas etapas. “Muitas vezes, deixamos algo para depois porque parece trabalhoso demais. Mas se quebrarmos em partes menores, fica mais fácil dar o primeiro passo”, sugere Daniely.
Além disso, é essencial criar um ambiente que favoreça a produtividade. “Se o celular te distrai, experimente deixá-lo longe enquanto executa uma tarefa. Pequenas mudanças na rotina ajudam a reprogramar hábitos”, aconselha.
Regra dos cinco minutos
Outro método eficaz é o da “regra dos cinco minutos”. “Se algo parece difícil de começar, comprometa-se a fazer apenas cinco minutos. Na maioria das vezes, esse pequeno impulso já é suficiente para engatar no processo”, destaca a terapeuta.
Outro erro comum é cair na autocrítica. Muitas pessoas se sentem culpadas por procrastinar, o que gera ainda mais bloqueios. “Se punir não resolve. Pelo contrário, só aumenta a ansiedade e a resistência. O ideal é adotar uma abordagem mais compassiva e entender que mudanças acontecem aos poucos”, enfatiza Daniely.
A especialista reforça que vencer a procrastinação não significa ser produtivo o tempo todo, mas sim encontrar um equilíbrio entre foco, organização e bem-estar. “Não se trata de virar uma máquina de produtividade, mas de aprender a administrar o próprio tempo de uma forma mais leve e eficiente. Pequenos ajustes na rotina fazem toda a diferença”, conclui.
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