Arqueólogos da Durham University, na Inglaterra, desenterraram um “tesouro” da Idade do Ferro, descoberto em 2021 pelo detector de metais Peter Heads. Eles escavaram mais de 800 objetos de cerca de 2 mil anos perto da vila de Melsonby, North Yorkshire.
Os artefatos incluem peças de veículos, como carroças, 28 pneus de ferro, arreios para cavalos, freios e lanças de ferro. Também fazem parte do tesouro de Melsonby um caldeirão e uma tigela, possivelmente para misturar vinho.
Algumas peças de arreios tem adornos com coral vermelho do Mediterrâneo e vidro colorido, além de serem maiores do que o comum na época. Além disso, o conjunto também é de um tamanho incomum para a Grã-Bretanha e talvez a Europa.
Grande parte do tesouro foi queimada ou quebrada, provavelmente como parte de um processo simbólico para mostrar riqueza e poder pela destruição. O povo antigo da região deve ter queimado os objetos em uma pira funerária antes do enterro. Contudo, os pesquisadores não encontraram nenhum resto de corpos humanos.
A descoberta traz novas informações sobre a expressão de status na Idade do Ferro, bem como do uso dos veículos no passado.
“Quem quer que tenha originalmente possuído o material neste tesouro provavelmente fazia parte de uma rede de elites por toda a Grã-Bretanha, na Europa e até mesmo no mundo romano”, disse o professor Tom Moore, especialista em Idade do Ferro Britânica e Europeia do Departamento de Arqueologia. “A destruição de tantos objetos de alto status, evidente neste tesouro, também é de uma escala raramente vista na Grã-Bretanha da Idade do Ferro e demonstra que as elites do norte da Grã-Bretanha eram tão poderosas quanto suas contrapartes do sul.”
Além disso, a escavação teve consultoria do Museu Britânico e financiamento de mais de £ 120.000 do órgão público Historic England. O Museu de Yorkshire irá lançar uma campanha de arrecadação de fundos para garantir o acesso nacional do tesouro de Melsonby.
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