A mãe da menina de 13 anos que foi atacada e abusada sexualmente nesta quinta-feira (27), em Estância Velha, fez um desabafo forte e emocionado sobre o caso. O crime aconteceu por volta das 18h30, quando a menina voltava do supermercado acompanhada do irmão de 10 anos, no bairro Rincão dos Ilhéus.
Um motociclista aguardou a vítima subir uma escadaria e, em seguida, a abordou, agarrando-a pelos cabelos e pressionando-a contra a parede de um prédio comercial. Durante o ataque, a menina foi agredida e sofreu abuso sexual.
Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial
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“Esses doentes estão acabando com nossos filhos. Pelo amor de Deus, cuidem seus filhos, não só das meninas, como dos meninos também. Eles [abusadores] não têm mais respeito por ninguém. Eles estão virados ‘nuns’ animais saindo à caça, o que pegarem é lucro”, declara a mãe, de 49 anos. O nome dela não será divulgado para não expor a vítima.
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O irmão da menina ainda tentou intervir, chutando o agressor, mas também foi ameaçado. Em desespero, o menino correu para casa para pedir ajuda à mãe. Enquanto isso, a garota conseguiu reagir, gritou por socorro e atraiu a atenção dos vizinhos, que saíram à rua.
O criminoso, então, a soltou e fugiu em uma moto. “Ele desceu da moto, pegou ela pelos cabelos e botou contra a parede, botou a mão na boca dela pra ela não gritar, bateu nela, deu hematoma na boca, e abusou dela”, revela.
A mãe também relata a dor de ver a filha traumatizada: “Eu não desejo isso para nenhuma mãe. Nenhuma. Eu, graças a Deus, consegui pegar minha filha e abraçá-la novamente. E quantas não conseguem? Quantas mães vão dar falta dos filhos e nunca mais vão achá-los?”, expõe.
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A suspeita da mãe é de que o agressor pretendia arrastar a menina para uma escadaria próxima ao local do ataque, que não tem iluminação pública, nem câmeras de monitoramento instaladas. “Ele tentou levar minha filha para aquele buraco onde ninguém veria nada. Se ela não tivesse gritado, ele teria conseguido”, analisa.
Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial
Conforme a mãe, a filha está abalada psicologicamente e tem tido reações de pânico. “Ela está muito traumatizada. Ela tem 13 anos, não é uma guria de andar na rua, de ficar nas esquinas. Ela só foi no mercado buscar um pão para mim, na esquina de casa. Agora, nem isso mais pode? Nossos filhos estão reféns desses tarados”, completa.
A mulher também cobra mais segurança no bairro: “A segurança está muito precária no Rincão [dos Ilhéus]. A iluminação é péssima”.
A Brigada Militar foi acionada logo após o ataque e realizou buscas na região, mas não conseguiu localizar o suspeito. O Conselho Tutelar também foi chamado para acompanhar o caso.
A menina foi levada ao Hospital Municipal Getúlio Vargas de Estância Velha e depois encaminhada para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de São Leopoldo, onde foi feito o registro da ocorrência. Em seguida, passou por exame de corpo de delito em Porto Alegre, que confirmou o abuso sexual.
