Corpo do pernambucano J. Borges é velado no Centro de Artesanato de Bezerros


Despedida é aberta ao público. Artista morreu nesta sexta-feira (26), aos 88 anos, na casa onde morava no Agreste de Pernambuco. Corpo de J.Borges é velado em Bezerros
O corpo do pernambucano J. Borges é velado, na tarde desta sexta-feira (26), no Centro de Artesanato, em Bezerros, Agreste de Pernambuco. A cerimônia é aberta ao público. (Veja vídeo acima)
O enterro será às 15h deste sábado (27), no Cemitério Parques dos Eucaliptos, no bairro Santo Amaro, também na cidade. J. Borges morreu na manhã desta sexta-feira (26), aos 88 anos de “causas naturais”. José Francisco Borges era pintor, cordelista, poeta, xilogravurista, conhecido em todo o país.
Corpo de J. Borges é velado no Centro de Artesanato de Bezerros.
TV Asa Branca
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Em entrevista à TV Asa Branca, o Diretor do Museu do Cordel de Caruaru disse que a morte do artista pernambucano deixa marcas na história do povo nordestino, que pode ver a cultura local viajar os quatro cantos do mundo por meio da obra do poeta.
“Fomos pegos de surpresa hoje pela manhã com a morte do maior xilogravurista do mundo. Toda vez que eu me encontra com J. Borges tinha aquelas brincadeiras, aquelas falas de poeta” disse Olegário Fernandes Filho, Diretor do Museu do Cordel.
Obras do artistas estão expostas em um museu em Caruaru
Sobre J. Borges
J. Borges
Reprodução/TV Globo
José Francisco Borges, conhecido como J. Borges, tinha 88 anos e era pintor, cordelista, poeta, xilogravurista. Ele era natural de Bezerros, no Agreste de Pernambuco, e ganhou título de Patrimônio Vivo Imaterial de Pernambuco, além de ter sido agraciado com a Ordem do Mérito Cultural do Brasil em 1999. Já ilustrou obras de escritores como José Saramago e Eduardo Galeano.
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J. Borges começou a trabalhar aos 10 anos, na cidade em que nasceu, onde vive e trabalhava. Depois de publicar um cordel em 1964, o artista foi levado à xilogravura para ilustrar seus versos e, desde então, não parou de fazer matizes, que são entalhadas.
Os títulos dos cordéis são o principal mote para o xilogravurista criar os desenhos, sem esboço ou rascunho. As imagens são talhadas diretamente na madeira e ilustram, de maneira original, a cultura do povo do Nordeste.
Uma parte importante do imaginário nordestino sempre esteve presente na obra deste pernambucano que morreu aos 88 anos. J. Borges só frequentou a escola por um ano. Aprendeu a ler, escrever e fazer contas. Na juventude, foi carpinteiro e pedreiro, até descobrir a literatura de cordel. Há 60 anos, o leitor apaixonado virou escritor.
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