O nível de atividade econômica de São Leopoldo teve um crescimento médio de 3% em 2024, mesmo a cidade tendo sido atingida em grande parte do seu território pela enchente em maio. O dado foi apresentado no Boletim Socioeconômico nesta sexta-feira (21) na Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Tecnologia de São Leopoldo (Acist), que completou 105 anos nesta mesma data.
Foto: Adriana Tauchert/GES-Especial
Conforme o economista da Unisinos, Marcos Tadeu Lélis, responsável técnico pelo Boletim, a economia em São Leopoldo, no ano de 2024, apresentou um efeito em “V”, ou seja “ bateu no fundo e voltou a crescer”. Em maio, houve queda de 6,8% mas, em seguida, no segundo semestre, houve crescimento.
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Segundo o economista, o desempenho foi impulsionado pelos incentivos do governo federal, estadual e municipal, como Auxílio Reconstrução, Saque FGTS, entre outros. Lélis observa que, com os auxílios, a economia voltou a ser impulsionada. “Teve um grande crescimento a partir disso.”
Efeitos da enchente de maio de 2024
No segundo trimestre do ano passado (quando ocorreu a enchente), o nível de atividade econômica do Município caiu 6,8% em relação ao mesmo período de 2023. No terceiro trimestre já voltou a crescer 7,5% frente ao mesmo período do ano anterior. Fechando 2024, no quatro trimestre, o nível de atividade de São Leopoldo cresceu 11,1% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.
Em relação ao primeiro trimestre de 2025, Lélis afirma que há uma “acomodação”, ou seja, uma estabilidade. “Agora há um efeito estabilizador. O governo federal precisa fazer um ajuste das contas fiscais.”
Queda em índices de criminalidade
Esta edição do Boletim Socioeconômico teve como tema a Segurança Pública. Conforme o presidente da Acist, Daniel Klafke, é uma área “fundamental para atração de empresas, de investimentos, e o estímulo do consumo na cidade, o que é benéfico para todos”.
Conforme o Boletim, vários indicadores criminais vêm caindo ao longo dos anos na cidade. Os homicídios tiveram redução de 32% em 2024 em relação a 2023; os furtos em geral tiveram uma redução de 32,8%; e o roubo de veículos teve queda de 19,7% no comparativo.
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E, segundo o delegado Eduardo Hartz, diretor da 3.ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM), um dos painelistas na apresentação, a queda nos índices também irá se confirmar no primeiro trimestre de 2025: até esta sexta-feira (21) crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI) tiveram redução de 75%; roubo a pedestre, redução de 52%; e roubo de veículos, diminuição de 54% na comparação com os primeiros três meses de 2024.
Também foram painelistas no evento da Acist, o comandante do 25.º BPM, tenente-coronel Marcelo da Silva Bueno, e o secretário de Segurança Pública, coronel Alexandre da Rosa. A mediação foi do diretor de Segurança Pública da Acist, Rogério Daniel da Silva, também presidente do Consepro. A titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, delegada Michele Arigony também esteve presente e comentou sobre os dados da violência contra a mulher.