PP define em abril próximo presidente da Famurs; prefeito da região está na disputa

A presidência da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) segue um sistema de rodízio entre os partidos com melhor desempenho nas eleições municipais. Apesar do acordo entre as siglas, a escolha do novo presidente não ocorre sem disputas.

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Em abril, o Progressistas (PP), partido que assumirá o comando da entidade no próximo ano, realizará uma eleição interna para definir seu representante na gestão 2025/2026. A disputa promete ser acirrada, e a Região Metropolitana está entre as concorrentes pelo posto.

Rodrigues | abc+



Rodrigues

Foto: Eduardo Amaral/GES Especial

O prefeito de Sapucaia do Sul, Volmir Rodrigues, é um dos postulantes e já está em campanha. Para se dedicar à disputa, o político tirou férias de dez dias e percorreu mais de 50 municípios em busca de apoio. Rodrigues pretende levar à Famurs o modelo de gestão adotado em sua administração municipal, com um contato mais direto com os prefeitos.

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“Hoje, as pessoas sabem quem é o prefeito, vão até ele, procuram ajuda diretamente. Em Sapucaia, com 140 mil habitantes, a comunidade tem meu número há 29 anos, me liga, manda mensagem no WhatsApp e eu respondo. Essa proximidade é o que queremos levar para a Famurs”, destacou em entrevista ao Programa NH10, da Rádio ABC 103.3 FM.

Rotatividade no comando

Segundo o estatuto da Federação, o rodízio entre os partidos que comandam a entidade segue a ordem dos quatro partidos com maior número de prefeituras no Estado. Cada legenda indica um nome para presidir a entidade por um ano. Em 2026, será a vez do MDB, seguido pelo PDT em 2027 e o PL em 2028. Atualmente, a gestão está nas mãos do PRD, com Marcelo Arruda, prefeito de Barra do Rio Azul.

Na disputa

Para a sucessão em 2025, além de Rodrigues, concorrem Adriane Perin de Oliveira (prefeita de Nonoai), Schamberlaen Silvestre (prefeito de Cambará do Sul) e Marcos Corso (prefeito de Três de Maio). A escolha será feita por um colégio eleitoral composto por 164 prefeitos e 136 vice-prefeitos, e o vencedor tomará posse no meio do ano.

Aproximar a Famurs dos municípios

Em plena campanha pelo Estado, Rodrigues defende uma gestão descentralizada da entidade, mais próxima das prefeituras, especialmente das menores. “A Famurs fica em Porto Alegre (sede), mas para um prefeito da Região das Missões, por exemplo, são sete horas de viagem até a capital. Muitos municípios não têm condições de deslocar suas equipes até lá”, destaca Rodrigues.

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Ele propõe que a federação amplie sua atuação regional, promovendo cursos e capacitações diretamente nas 29 associações regionais. “Os prefeitos enfrentam desafios diários com tecnologia, processos licitatórios e questões jurídicas. Em municípios pequenos, com dois ou três mil habitantes, os procuradores jurídicos atendem apenas uma ou duas vezes por semana. A Famurs precisa estar presente e oferecer suporte constante”, enfatiza.

Executiva estadual avalia positivamente a disputa

O presidente estadual do PP, deputado federal Covatti Filho, avaliou como positiva a concorrência dentro do partido com nomes conhecidos em suas regiões. “Foi muito bom. Inclusive, tentei estimular um acordo para termos um nome de consenso, mas, claro, cada um tem seus interesses pessoais. Essa disputa fortalece o partido, estimula a mobilização, a troca de ideias e a construção de novas propostas. Todos os candidatos são prefeitos experientes, com grande trajetória política, e isso só agrega ao processo”, afirmou.

Covatti destacou ainda a importância da Famurs como entidade representativa dos prefeitos gaúchos. Para ele, assumir a liderança da federação é uma oportunidade estratégica para o partido consolidar sua presença nas administrações municipais e fortalecer o municipalismo, princípio central da legenda. “A gestão eficiente, o respeito ao dinheiro público e a valorização da atuação local são bandeiras do PP, e queremos reforçá-las à frente da Famurs”, concluiu.

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