Psoríase: cientistas descobrem novo fator envolvido no desenvolvimento da doença

Pesquisadores exploram novos caminhos para tratar a psoríase, focando na regulação da hepcidina.

Pesquisadores da Universidade de Bath, na Inglaterra, identificaram um possível fator causador da psoríase, doença crônica de pele que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. Um estudo publicado na Nature Communications trouxe à tona a relação entre a psoríase e o hormônio hepcidina, responsável por regular os níveis de ferro no organismo. Essa descoberta pode abrir caminho para novas abordagens terapêuticas, oferecendo esperança para pacientes que convivem com os sintomas dessa condição.

Origem da psoríase: o papel da hepcidina

A psoríase é uma doença não contagiosa que causa lesões avermelhadas e escamosas na pele. Essas lesões provocam coceira intensa, desconforto e impactam negativamente a qualidade de vida dos pacientes. Pesquisadores britânicos descobriram que pessoas com psoríase produzem hepcidina também na pele, diferentemente das pessoas saudáveis, que a fabricam apenas no fígado. Este hormônio regula o ferro no corpo, e sua produção excessiva pode desencadear uma superprodução de células cutâneas, um dos principais fatores no desenvolvimento da doença.

Em experimentos realizados em camundongos, foi constatado que altos níveis de hepcidina levaram à produção excessiva de ferro, o que resultou em um aumento significativo de neutrófilos — células envolvidas na resposta inflamatória. Esse fenômeno pode estar relacionado ao processo inflamatório característico da psoríase.

Novas perspectivas de tratamento para psoríase

Com base nesses achados, os cientistas acreditam que o controle dos níveis de hepcidina pode ser uma chave importante para novos tratamentos. De acordo com Charareh Pourzand, autora do estudo, a regulação da hepcidina poderia ser usada para aliviar os sintomas da psoríase e até prevenir sua recorrência. “Nossos dados sugerem que a hepcidina pode ser um alvo terapêutico valioso, além dos tratamentos existentes”, afirmam os pesquisadores.

Embora a psoríase seja uma doença com componentes genéticos, o estudo oferece uma nova abordagem, que pode complementar as terapias atuais, proporcionando melhor qualidade de vida aos pacientes.

Psoríase e fatores genéticos

A psoríase não é apenas uma questão de fatores ambientais, mas também de predisposição genética. Indivíduos com histórico familiar de psoríase têm maior chance de desenvolver a doença, e, nesse caso, os sintomas tendem a aparecer mais cedo. A prevalência global da psoríase é de 1% a 2%, enquanto no Brasil a média é de 1,3%, variando entre as regiões.

Sintomas da psoríase: o que observar

  • Lesões vermelhas, ásperas e que escamam
  • Coceira intensa e bolhas de pus
  • Alterações nas unhas
  • Dores nas articulações e rigidez
  • Descamação do couro cabeludo

 

Gatilho silencioso para psoríase: impactos subestimados

Estudos recentes indicam que o estresse emocional pode ser um gatilho silencioso para a psoríase. Mesmo sem sintomas visíveis, tensões cotidianas aumentam a inflamação na pele, desencadeando crises. Especialistas alertam para a importância de identificar esses fatores silenciosos no controle da doença e melhoria da qualidade de vida. Clique aqui para saber mais.

 

 

 

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