Empresa de SC recebe investimento de R$ 2,5 mi para desenvolvimento aeronáutico no país

A Aeromob, empresa com sede em Joinville, no Norte de Santa Catarina, recebeu um aporte para investir ainda mais no desenvolvimento de tecnologias aeronáuticas no Brasil. O contrato de R$ 2,5 milhões foi firmado com o MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) neste primeiro semestre de 2024.

Aeronave da Bell com desenvolvimento aeronáutico da Aeromob

Empresa de SC recebe investimento de R$ 2,5 mi para desenvolvimento aeronáutico no país – Foto: Aeromob/Divulgação/ND

A Aeromob, fabricante de peças e equipamentos aeronáuticos, é pioneira no desenvolvimento de tecnologias de movimentação em solo para os helicópteros das linhas Airbus, Bell, Robinson e Leonardo. Além disso, a companhia é precursora no desenvolvimento de equipamentos dedicados à acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida em aeronaves de pouso vertical.

Segundo Phil Xavier, diretor de Engenharia e presidente da Aeromob, o investimento deve acelerar o desenvolvimento de tecnologias como o robô com movimentação autônoma, que possui a função de mover as aeronaves no solo sem a interação humana.

Para isso acontecer, a tecnologia cria registros da movimentação de cada aeronave. Dessa forma é possível gerenciar, por exemplo, a necessidade de carregamento e fazer com que as aeronaves se desloquem sozinhas aos pontos de recarga. Além disso, os helicópteros também podem se dirigir de forma autônoma para dentro do hangar ou para pontos de decolagem.

“Tudo isso de forma remota pelo celular, ou ainda programado de forma autônoma, preparando a aeronave para uma missão a quilômetros de distância, utilizando sistemas de visão computacional que garantem a total segurança da operação”, explica o presidente.

Desenvolvimento aeronáutico no Brasil

A Aeromob detém inúmeras patentes de invenção, incluindo peças desenvolvidas e fabricadas em ligas metálicas e em fibra de carbono. Algumas dessas peças integram helicópteros como o Airbus H145 e H130.

De acordo com Xavier, o aporte financeiro recebido pelo MCTI é um importante passo para a trajetória da companhia e também para o setor no Brasil.  “Que a valorização da empresa seja utilizada como exemplo para fortalecermos ainda mais o parque industrial aeronáutico brasileiro e a nacionalização de peças e componentes aeronáuticos em nosso país, para atender demandas internas, como de nossa querida Embraer, e ainda exportar peças de alta tecnologia para todo o mundo”, declara o presidente.

Ainda segundo Xavier, empresas como Airbus, Embraer e outras gigantes do setor têm investido na automação para as aeronaves voarem de forma remota e até autônoma, mas a preparação da aeronave ainda era braçal e precisava de uma evolução, como esse investimento do Governo Federal para o desenvolvimento de tecnologias.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.