‘Mais de 48 horas acordado’, diz morador que vive perto de área atingida por fogo na Serra do Cipó

Incêndio começou na tarde do último domingo (18). Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), as chamas já consumiram uma área de 478 hectares. Incêndio próximo de casas na Serra do Cipó
TV Globo/ Reprodução
O incêndio que atinge o Parque Nacional da Serra do Cipó, na Região Central de Minas Gerais, já destruiu terrenos e se aproxima de residências, causando medo e preocupação em quem vive no entorno. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), as chamas já consumiram uma área de 478 hectares.
O empresário Rodrigo de Melo gravou imagens do fogo se aproximando da casa dele, na madrugada desta terça-feira (20). Por muito pouco, não invadiu o terreno onde ele mora.
“Estou desde domingo sem dormir, mais de 48 horas acordado. A maior preocupação é a segurança minha própria, do meu caseiro e dos meus cachorros. Até mobilizar os brigadistas já fica um fogo quase que impossível de apagar”, afirmou.
Rodrigo de Melo gravou imagens das chamas se aproximando da casa dele, na Serra do Cipó
TV Globo/ Reprodução
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O incêndio começou na tarde do último domingo (18). Após um sobrevoo na manhã desta terça, bombeiros identificaram focos de fogo se espalhando em pelo menos três pontos do parque e da área de proteção ambiental do Morro da Pedreira. Com os ventos e o tempo seco, as chamas avançaram pela região de cerrado e campos rupestres.
Incêndio destrói a vegetação da Serra do Cipó, em Minas, há 48 horas
Mais de 50 bombeiros, brigadistas voluntários e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) atuam no combate. Helicópteros da polícia ajudam no lançamento de água sobre as chamas e no deslocamento das equipes.
“A baixa umidade é muito severa. A situação está em confluência das situações piores para que o fogo possa evoluir de maneira difícil de controlar”, disse o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Minas Gerais, Sérgio Augusto Domingues.
Chamas na Serra do Cipó no início da tarde desta segunda-feira (19)
Raquel Freitas/TV Globo
Segundo o ICMBio, que administra as duas unidades atingidas pelo fogo, o incêndio foi criminoso.
“Esse fogo se alastrou devido ao horário e a essa ação humana aqui ao longo da rodovia MG-010. Atingiu vegetação, matas, nascentes, locais que são alvos de conservação da unidade”, explicou o gerente do Núcleo Cipó/ Pereira, Ronaldo Matos.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Minas Gerais registrou neste ano 3.658 focos de incêndio em vegetação, um aumento de 52% em relação ao mesmo período do ano passado.
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