Dólar abre em queda nesta sexta-feira, à espera de dados de inflação dos EUA


Na véspera, a moeda norte-americana recuou 0,16%, cotada em R$ 5,6478. Já o principal índice de ações da bolsa caiu 0,37%, aos 125.954 pontos. Cédulas de dólar
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O dólar abriu em queda nesta sexta-feira (26), à medida que investidores aguardam novos dados de inflação nos Estados Unidos, em busca de sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Indicadores de emprego e os desdobramentos sobre a corrida eleitoral norte-americana também ficam no radar. Nesta sexta-feira, o ex-presidente dos EUA Barack Obama manifestou publicamente seu apoio à pré-candidatura de Kamala Harris à Casa Branca.
Por aqui, o quadro fiscal segue fazendo preço nos mercados. Novos dados de emprego também devem ficar sob os holofotes.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h01, o dólar operava em queda de 0,47%, cotado em R$ 5,6215. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda caiu 0,16%, cotada em R$ 5,6478.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,78% na semana;
ganho de 1,06% no mês;
alta de 16,39% no ano.

Ibovespa
As negociações no Ibovespa, por sua vez, começam apenas a partir das 10h.
Na véspera, o índice caiu 0,37%, aos 125.954 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 1,30% na semana;
ganhos de 1,65% no mês;
perdas de 6,13% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
Os investidores começam o último dia de negociações desta semana de olho no noticiário dos Estados Unidos.
Após a indicação, na véspera, de que a atividade norte-americana deve ter registrado uma aceleração no segundo trimestre deste ano, as atenções se voltam para a divulgação do índice de preços do PCE, a medida de inflação preferida pelo Fed.
A expectativa é que o indicador dê mais clareza sobre os próximos passos da instituição financeira na condução dos juros da maior economia do mundo.
Ainda por lá, os desdobramentos da corrida eleitoral também seguem na mira dos investidores.
Nesta sexta-feira (26), o ex-presidente dos EUA Barack Obama manifestou publicamente seu apoio à pré-candidatura de Kamala Harris à Casa Branca. Ela se tornou o provável novo nome do partido Democrata, após o atual presidente norte-americano, Joe Biden, desistir de concorrer.
A eleição norte-americana está prevista para acontecer em 5 de novembro. Pelo lado do partido Republicano, o nome escolhido para a disputa foi o do ex-presidente Donald Trump.
Diante desse cenário, investidores avaliam as repercussões econômicas que cada um dos candidatos teria em uma eventual vitória.
Ainda no exterior, o noticiário da China também segue no radar, após o anúncio de novos estímulos econômicos no país, em um pacote que deve ser positivo para a atividade manufatureira do gigante asiático.
Por aqui, os mercados continuam a avaliar o quadro fiscal e seus impactos na política monetária, principalmente após o resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15).
Considerado a prévia da inflação oficial do país, o indicador registrou uma alta de 0,30% em julho, acima das expectativas do mercado financeiro, que esperava um aumento de 0,23% no mês.
“Houve um impacto grande na curva de juros [após o resultado do IPCA-15], apertando a situação e mostrando que, aqui, principalmente com a questão fiscal, não vai ter corte de juros tão cedo”, afirmou o economista da MoneYou Jason Vieira.
A expectativa é que o resultado do Governo Central, previsto para hoje, também dê novos sinais sobre o futuro da Selic, taxa básica de juros brasileira.
*Com informações da agência de notícias Reuters.

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