Dia dos Avós traz reflexões sobre as relações na família

O Dia dos Avós, comemorado na sexta-feira (26), será o tema especial em missas da Igreja Católica no domingo (28). O Papa Francisco instituiu em 2020 a comemoração pelo Dia Mundial dos Avós e dos Idosos. O momento é celebrado sempre no último domingo de julho – próximo ao dia de Sant’Ana e São Joaquim, os avós de Jesus. O dia foi proposto pelo pontífice como uma maneira de valorização da velhice.

Suely Benkenstein acompanha de perto seus seis netos | abc+



Suely Benkenstein acompanha de perto seus seis netos

Foto: Susi Mello/GES-Especial

No domingo, às 16 horas, a Diocese de Novo Hamburgo terá celebração de missa no Santuário das Mães, com o coordenador diocesano da pastoral, padre Cláudio Vicente Immig. Além disso, as paróquias terão também o momento de celebração. “Nas missas de domingo terão bênçãos aos avós e pessoas idosas, com desejo de muita saúde e felicidade junto de suas famílias”, declara a coordenadora diocesana e estadual da Pastoral da Pessoa Idosa, Suely Elisabeth Assmann Benkenstein, 75 anos.

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Suely, professora aposentada e moradora de Campo Bom, recomenda aos avós que se mantenham presentes na vida dos netos, que contem suas histórias, que sejam exemplos e, principalmente, os encaminhem no caminho da fé. E para os netos, complementa, que não abandonem seus avós, os respeitem e os ouçam.

Ela explica que a pastoral acompanha com visitas muitos idosos. “Hoje, bem se sabe que a sociedade vive de uma forma diferente. Os filhos estão ocupados com os negócios e são necessárias urgentemente políticas públicas relacionadas aos idosos, como, por exemplo, a criação de lares parecidos com uma creche, onde o idoso passe o dia com recreação e atividades físicas”, exemplifica.

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Para a avó de Giordanna, Isabella, Brenda, Fionna, Pedro Afonso e Lívia Dandara, muitos avós como ela são ativos, propõem ações na sociedade, em prol das pessoas, porém há outros que não têm o mesmo perfil. “A gente vê muita solidão”, frisa Suely.

Quem quiser ter visitas de integrantes da pastoral da Pessoa Idosa pode procurar as paróquias. Em Novo Hamburgo, as igrejas são Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora Aparecida e Santo Antônio, em Campo Bom é na Santa Teresinha e Cristo Rei e em Sapiranga é na Paróquia São João Batista.

Como está a estrutura da família?

Diretor espiritual do Curso de Liderança Juvenil (CLJ) da Diocese de Novo Hamburgo e vigário da Paróquia Santa Teresinha de Campo Bom, padre José Francisco da Rosa Júnior salienta que é necessário valorizar a família.

“É necessário relembrar a estrutura familiar. Às vezes, para os jovens, pais e avós não se tornam referência, seja por estes não exercerem este papel de sabedoria e acolhimento ou pela própria dificuldade do jovem de se colocar sob autoridade dos mais velhos. As pessoas idosas sentem dificuldade em compartilhar sua sabedoria e experiência, às vezes, por terem uma criação com pouco diálogo, outras por não encontrar meios para assumir este papel de referência moral e amorosa na sua família. Com a desestruturação familiar comum nos nossos tempos, avós, pais e filhos não reconhecem o seu papel e a sua forma de amar no ambiente familiar”, declara.

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Nos encontros com jovens no CLJ, é enaltecido o papel dos avós. “Falamos que é preciso aproveitar e respeitar os aprendizados trazidos pela sabedoria dos mais velhos, bem como amá-los pelo que são, em primeiro lugar, pois é assim que aprendemos de Deus: Amar as pessoas como a nós mesmos. Em nossos momentos de espiritualidade, buscamos valorizar o estar reconciliado com a família”, acrescenta.

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